Fortaleza faz limpa e traça reação contra o rebaixamento | OneFootball

O Fortaleza apresentou oficialmente o retorno de Sérgio Papellin ao comando da diretoria de futebol nesta terça-feira (3), em um momento no qual a necessidade por comprometimento e integridade no elenco foi enfatizada. Em sua primeira coletiva desde a volta ao clube, Papellin adotou um discurso direto quanto à filosofia que pretende implementar no Pici: o foco absoluto será naqueles comprometidos em ajudar o time a deixar a incômoda zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro.

“Nós vamos detectar no dia a dia se existe insatisfação. Se existir, vamos procurar tirar o mais rápido possível do grupo porque não queremos laranja podre. Queremos jogadores brigando diariamente nos treinamentos para poder ser observado pelo treinador e ganhar oportunidade”, afirmou Papellin, deixando claro que não há espaço para acomodação ou falta de alinhamento interno.

Sobre eventuais saídas, Papellin explicou que o clube evita divulgar listas de dispensa, a fim de não desvalorizar atletas e facilitar eventuais negociações. Entretanto, foi transparente ao dizer que está ativamente buscando transferências para jogadores que não estejam satisfeitos: “O jogador que não estiver satisfeito vai sair do clube. Nós estamos buscando tirar algumas peças para que o prejuízo do clube seja menor”.

A principal meta, segundo o dirigente, é clara: escapar do rebaixamento, considerando o peso financeiro e esportivo da permanência na Série A. “Pela situação que o Fortaleza vive no Campeonato Brasileiro, o objetivo maior é tirar o clube o mais rápido possível dessa situação. O Campeonato Brasileiro é o suporte financeiro para o clube se manter. Já passamos situações mais difíceis. A meta, hoje, é tirar o clube do rebaixamento”, reforçou.

Papellin também detalhou a conversa inicial que teve com Juan Pablo Vojvoda. Para o diretor, o treinador argentino precisa se reinventar para retomar a competitividade da equipe. “Ele vai ter que se reinventar. Pontuei algumas coisas para ele que eu acho que ele pode melhorar. Ele é muito receptivo quanto a isso. Espero que ele consiga motivar esse grupo. Ele realmente é um cara muito emotivo, que sente muito a derrota, mas nessas horas tem que ser forte para retomar o comando do grupo e reinventar uma maneira de jogar”, finalizou.

A administração de Papellin sinaliza um momento de corte de privilégios e aposta em competitividade interna para impedir a acomodação e recuperar a força coletiva. Diante do cenário de pressão e cobrança, a diretoria traça um roteiro de ajustes rápidos e decisões firmes para voltar a estabilizar o Fortaleza no calendário nacional.

Fonte: NE45