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·11 giugno 2025
Flamengo deve sofrer com calor extremo na Copa do Mundo de Clubes

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·11 giugno 2025
O sonho do bicampeonato mundial tem um novo e poderoso adversário, que não veste chuteiras nem uniforme: o calor extremo. A Copa do Mundo de Clubes de 2025, nos Estados Unidos, se desenha como uma das competições mais desgastantes da história, e o Flamengo sentirá isso na pele.
Durante a fase de grupos, o Flamengo deve enfrentar o calor extremo justamente no que tende a ser o desafio mais difícil do Rubro-Negro. No dia 20 de junho, às 14h, na Filadélfia (15h no horário de Brasília). É nesse horário que o Flamengo enfrentará o Chelsea, sob a previsão de um dos verões mais quentes já registrados no país.
Embora os atletas do Rubro-Negro estejam muito mais acostumados com as altas temperaturas, o tema foi alvo de impacto de desempenho da equipe no início da temporada, durante o Campeonato Carioca.
A competição, que contará com 63 partidas, terá 37 delas (58,7%) realizadas no período vespertino. Essa programação, aliada à previsão de um verão com temperaturas recordes, acende um alerta para a saúde e o desempenho dos jogadores. A final, marcada para o MetLife Stadium, em Nova Jersey, também está prevista para este período.
Para os times brasileiros, a preocupação é concreta. Todos terão ao menos um desafio sob o sol forte na fase de grupos. O Flamengo, por exemplo, enfrentará o Chelsea no dia 20 de junho, às 14h, na Filadélfia.
A cidade, localizada na Costa Leste, é uma das que, segundo a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA), dos EUA, deve enfrentar ondas de calor com temperaturas acima da média.
O Fluminense é o único time brasileiro com dois compromissos à tarde na primeira fase: a estreia contra o Borussia Dortmund, às 12h, em Nova Jersey, e o confronto com o Mamelodi Sundowns, às 15h, em Miami. O Palmeiras encara o Al-Ahly às 12h, também em Nova Jersey, e o Botafogo mede forças com o Atlético de Madrid às 12h, em Los Angeles.
Sintomas como desidratação, exaustão, náuseas e até mal súbito são riscos reais. Douglas Casa, pesquisador da Universidade de Connecticut e especialista nos efeitos do calor em atletas, ressalta a particularidade do futebol, em entrevista ao "ge".
"O futebol é um dos únicos esportes em que não há muitas pausas durante o jogo. Os jogadores precisam ser protegidos de situações muito quentes", comentou.
Para mitigar os riscos, algumas medidas são discutidas. "As pausas para hidratação poderiam ser maiores, assim como o intervalo. De repente, mais substituições. Isso já ajudaria", sugere Casa.
Outra estratégia eficaz seria levar os jogadores para fora do gramado durante as pausas, sentando-os e cobrindo-os com toalhas geladas.
A Fifa utiliza o índice WBGT (temperatura de globo e bulbo úmido), que considera não apenas a temperatura, mas também a umidade e a radiação solar. A diretriz atual prevê pausas para hidratação quando o índice ultrapassa 32°C, mas a decisão de suspender uma partida fica a cargo da organização da competição.