Mundo Rubro Negro
·10 novembre 2024
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Filipe Luís concedeu entrevista coletiva após a vitória do Flamengo por 1 a 0 sobre o Atlético-MG, neste domingo (10), que confirmou o título da Copa do Brasil. Logo em sua primeira resposta, o treinador agradeceu a Tite pela vaga na semifinal do torneio como “herança” e embargou a voz ao lembrar dos 10 Garotos do Ninho vítimas do incêndio que atingiu o Ninho do Urubu em 2019.
“Queria mencionar o Tite que me deixou na semifinal da Copa do Brasil, que fez um trabalho, a meu ver, excelente porque eu trabalhei com ele, eu sei o bom que ele é, bom treinador que ele é e queria agradecer ele. Depois, quero fazer uma menção especial a uma sensação que eu tenho dentro de mim e eu preciso falar que são os meninos do Ninho. Eu não estava aqui quando aconteceu tudo, queria mandar um abraço para a família de todos eles porque eu tenho uma conexão muito forte com eles, eu não sei o porquê”, disse Filipe Luís, antes de completar:
“Existe um memorial lá no Ninho, no CT e não foi por acaso, eu comecei no Sub-17, no Sub-20 parece que eu tenho eles muito presentes comigo, mesmo eu não estando aqui na época e não conhecendo nenhum deles, conheço alguns familiares. Então eu queria só deixar isso aí registrado porque eu sinto que eles são parte de mim”, finalizou.
Filipe foi campeão com as categorias de base do Flamengo, Copa Rio Sub-17 e Mundial Sub-20. Além disso, assim como outros nomes mais experientes elenco, é citado por jovens que passaram pelo clube como uma espécie de “mentor”.
O treinador também falou sobre como será o fim de ano do Flamengo e garante foco total nas rodadas finais de Brasileirão. Ainda que distância para a liderança seja de 10 pontos, possíveis sete por jogo atrasado, o comandante afirma que aceitará apenas o máximo.
“Eu posso me denominar um treinador sem memória. Não tenho museu em casa, não tenho lugar para memórias. Gosto de apagar e ir para o próximo. E os jogadores que quiserem vir comigo vão entender que eu sou agradecido, gratidão pelo que aconteceu até agora, mas ficou para trás. Eu sou um treinador de momento, eu vejo o que está acontecendo no momento e as minhas escolhas são todas pelo que eu estou vendo no momento. Eu repito: não importa se tem 16 anos ou se tem 42. Vão jogar os que estão melhores. Isso cria uma concorrência interna, eleva o nível deles e consequentemente da equipe. Eu não negocio o esforço, não negocio a competitividade. Vai depender dos jogadores que queiram continuar competindo e continuar crescendo ou se vão perder a ambição. Esse grupo de jogadores que eu conheço tenho certeza que não vão perder a ambição. Vão jogar da mesma forma competitiva com que jogaram até agora.”
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