Glorioso 1904
·21 dicembre 2024
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·21 dicembre 2024
O Glorioso 1904 esteve à conversa com João Diogo Manteigas, candidato à Presidência do Benfica, que deu a conhecer a sua opinião quanto às alterações dos Estatutos do Clube. Relativamente às mudanças ocorridas, o jurista português considera que foram positivas.
"Os Sócios permitiram que o Clube desse um salto qualitativo enorme por comparação a uma verdadeira manta de retalhos que se encontrava em vigor desde a última alteração em 2010", começou por avaliar o conhecido Sócio Benfiquista, que enumerou as mudanças mais positivas nos Estatutos.
"A imposição do voto físico e apenas excecionalmente o eletrónico mediante determinadas condições. Listas separadas que permitirão a verdadeira isenção e independência no exercício dos cargos pelos futuros membros dos órgãos sociais, uma 2.ª volta em atos eleitorais que fará alcançar um consenso e unanimidade dos votos dos sócios, uma nova Assembleia Geral que abrirá a porta ao debate transparente sobre a gestão efetuada em épocas anteriores no futebol e todas as modalidades do Clube para aproximar a direção dos associados, terminando com um voto de louvor de censura", disse.
João Diogo Manteigas: Os Sócios permitiram que o Clube desse um salto qualitativo enorme
"Ficou apenas por aproximar uma única coisa: a diferença dos votos entre sócios. Trata-se de uma boa alteração por diminuir a referida diferença mas podíamos ter ido mais longe", frisou, no entanto, João Diogo Manteigas.
Casas do Benfica sem poder de voto
Uma das alterações que mais foi evidenciada após a Assembleia Geral Extraordinária foi o facto das Casas do Benfica ter ficado sem o direito de voto nas AG's do Clube. Quanto a esta alteração, o candidato à Presidência do Benfica foi perentório.
"As Casas do Benfica são polos agregadores de benfiquismo, locais específicos de debate para pensamento livre, comemoração e defesa do Benfica. As Casas dependem do puro associativismo autónomo e sustentável e não devem ser constituídas ou promovidas com base naquilo que o Benfica lhes poderá atribuir. Elas não perdem valor por deixarem de ter direito de voto nas AG’s do Clube", salientou João Diogo Manteigas, em conversa, em exclusivo, com o Glorioso 1904.
"Os seus votos nunca poderiam ser vistos como prova de reconhecimento de disseminação da palavra benfiquista, nem poderiam constituir contrapartida por algo. Caberá sempre ao Benfica aprová-las e logo de seguida ajudá-las no que puder, ouvi-las, estabelecer parcerias que sejam ainda mais vantajosas para ambas as partes. O Benfica deve-se focar neste papel e desenvolvê-lo. E sabemos que pode ser feito mais", acrescentou.
Próximo passo
"Avançar rapidamente para a Assembleia Geral final para fechar o processo de revisão estatutária com a votação física em urna do documento convolado e atualizado com todas as propostas votadas favoravelmente", começou por dizer João Diogo Manteigas relativamente aos próximos passos do processo para concluir as alterações dos Estatutos.
Em declarações ao nosso Jornal, o jurista português destacou a importância de ter representantes das entidades que estiverem na origem da proposta que serviu de base para a análise e votação do documento nas últimas Assembleias Gerais.
"Considero essencial existirem representantes nessa AG final por parte do Clube, da Comissão de Revisão Estatutária e do Movimento Servir o Benfica por ter sido deste trio que nasceu a proposta de consenso que serviu de base ao processo de análise e votação ao longo dos últimos meses. O Presidente da Mesa de Assembleia Geral, Dr. Pereira da Costa, desempenhou um papel essencial ao ter assumido e estabilizado um processo que se iniciara confuso. Reitero os meus cumprimentos ao mesmo conforme já o fiz publicamente. O próprio já referiu que se iniciou esse trabalho de atualização do documento. Resta agora ter a esperança que o processo termine com a votação favorável de, pelo menos, 75% dos sócios que irão votar na próxima AG. Será finalmente vista a luz ao fundo do túnel", referiu o candidato a Presidente do Benfica.
Posição da direção e discurso de Rui Costa
João Diogo Manteigas não se mostrou surpreendido pela posição dos dirigentes encarnados, que apostaram numa defesa e consenso para todo o processo. No entanto, o conhecido Sócio do Benfica não deixou de fazer um pequeno 'aparte'.
"Não esperava outra coisa senão a defesa da proposta de consenso que serviu de base às últimas AG’s. Considero que em alguns momentos, sobretudo em algumas contribuições para o debate em plena AG, não devia ter sido apenas o Dr. Jaime Antunes, Vice-Presidente em funções, a assumir a palavra. Por exemplo, teria feito todo o sentido que um outro colega seu da direção, o prezado Dr. Almeida Lima, pudesse ter contribuído com a sua opinião no debate sobre as Casas do Benfica. É ele quem tem vindo a acumular a experiência nesta temática e seria importante ouvir o seu contributo valioso", explicou.
João Diogo Manteigas: Revelou de coração que este era o documento essencial do Benfica, pensado e criado por todos nós, os sócios.
Ainda sobre o Presidente do Clube da Luz, Rui Costa, João Diogo Manteigas analisou o discurso final do dirigente encarnado, revelando que já teve a oportunidade de se dirigir ao antigo camisola 10 do Benfica, publicamente.
"Já tive oportunidade para lhe agradecer publicamente. Era impossível ter melhor desfecho pelo Presidente e pela crença nas suas palavras. Revelou de coração que este era o documento essencial do Benfica, pensado e criado por todos nós, os Sócios. Acredito genuinamente na sua vontade em que este processo seja encerrado o mais rapidamente possível com o voto final físico em urna para que os sócios fiquem descansados de que a sua vontade será concretizada", concluiu João Diogo Manteigas, em declarações exclusivas ao Glorioso 1904.