Coluna do Fla
·12 dicembre 2024
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A Secretaria de Estado de Energia e Economia do Mar publicou, na última segunda-feira (09), um aviso que preocupou os torcedores do Flamengo. Afinal, a Agência Reguladora de Energia e Saneamento Básico do Rio de Janeiro (Agenersa) determinou que parte do terreno do Gasômetro, onde o Mengão pretende construir o estádio, pertence à Naturgy, antiga Companhia Estadual de Gás (CEG).
Fabrício Chicca, arquiteto e especialista em construção de estádios, resumiu a situação em publicação nas redes sociais. “Para quem me acompanha, já sabia que haveria esse problema para ser resolvido. A Naturgy ocupa aproximadamente 13 mil m² do terreno, é concessionária de serviço público essencial, tem contrato vigente até 2027, renovável. No edital, consta que será custo do Flamengo a remoção da tubulação de gás. Tudo o que está aí são informações públicas. É aí, dá para resolver? Dá. Tem que sentar na mesa, colocar a mão no bolso, negociar e resolver. Esse custo, não estava na planilha”, escreveu.
“Esse tipo de problema é comum, tem custo e faz parte do exercício de minimização de risco. A saber, haverá outros problemas que devem aparecer no processo. Minimizar risco nunca foi sobre criticar a diretoria, ou ser pessimista, trata-se de um processo normal, técnico, que fundamentalmente visa preservar o Flamengo. Que seja feito agora com mais atenção pela nova gestão”, acrescentou Chicca.
A Naturgy controla o fornecimento para parte do Rio de Janeiro através de estrutura ativa no terreno do Gasômetro. A desapropriação da Prefeitura não incluía essa área, e um equipamento esportivo só pode seguir com uma resolução.
Assim sendo, para a construção do estádio avançar, é preciso realizar a retirada do material da Naturgy, como tubulações de gás que estão abaixo do solo. Desse modo, os custos são na casa de R$ 100 milhões a R$ 250 milhões. Recentemente, nas redes sociais, o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, chegou a tranquilizar o Flamengo. Porém, até o momento, nenhuma atitude aconteceu.
“Estão me fazendo defender o Flamengo mais do que eu gostaria: que fique claro que esse não é o custo dessa transferência e que, quando ela acontecer, será de responsabilidade da Prefeitura do Rio, que sabe que essa estrutura não pode estar em uma área que já em recebendo tantos edifícios residenciais. Está em nossos planos há tempos! O Flamengo terá seu estádio novo ali no Gasômetro com toda a qualidade e segurança que a região exige e merece. Ponto final”, disse.