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Central do Timão

·28 novembre 2024

Entenda por que votação do impeachment não foi marcada para depois do fim do Brasileirão

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  1. Por Larissa Beppler e Daniel Keppler / Redação da Central do Timão

Na tarde desta quarta-feira, 27, houve uma reunião entre Romeu Tuma Júnior, presidente do Conselho Deliberativo (CD) do Corinthians, e representantes da Secretaria de Segurança de São Paulo (SSP-SP), para debater o esquema de segurança no dia da votação do impeachment de Augusto Melo. E após o encontro, por orientação das autoridades, o dirigente anunciou o adiamento da votação desta quinta-feira, 28, para a próxima segunda-feira, 2 de dezembro.

Após o anúncio do adiamento, muitos torcedores nas redes sociais questionaram o critério de escolha da nova data para a reunião do CD. Há algumas horas, a Central do Timão já havia publicado que o principal motivo é que às segundas-feiras o clube fica fechado para manutenção, e isso facilitaria a montagem do esquema de segurança para proteger os conselheiros e outros envolvidos na sessão deliberativa do órgão.


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Foto: Reprodução/Corinthians

No entanto, ainda restaram questionamentos sobre por que, então, não se escolheu a segunda-feira seguinte, 9 de dezembro, para remarcar a reunião, por exemplo. Afinal, o Campeonato Brasileiro termina no dia anterior, e o clube ainda luta para conquistar uma vaga tanto na Copa Libertadores quanto na Copa do Brasil de 2025. A preocupação é que os bastidores do Parque São Jorge atrapalhem o desempenho da equipe em campo.

Dessa forma, a Central do Timão foi apurar o motivo da escolha do dia 2, e segundo informações obtidas junto a fontes no clube, existe uma razão para o encontro não ser dia 9, e ela tem relação com outra votação no CD: a da previsão orçamentária do Corinthians para 2025. Segundo a legislação brasileira e o estatuto do clube, essa votação precisa acontecer até a primeira quinzena do mês de dezembro.

Como neste ano a primeira quinzena de dezembro tem apenas duas segundas-feiras, nos dias 2 e 9, a reunião para discutir esse ponto (o orçamento 2025) foi marcada para o dia 9, o último dia possível. Isso se deu por conta do atraso com que a diretoria vem divulgando os resultados financeiros do clube, deixando de apresentar balancetes e relatórios de auditorias das contas aos órgãos internos do clube.

Um reflexo dessa demora foi o desfecho da última reunião, há dois dias, do Conselho de Orientação (CORI) do Corinthians, que não pôde apreciar os balancetes do terceiro trimestre deste ano pois a diretoria não apresentou todos os documentos necessários. O fato ensejou a recomendação unânime de afastamento do presidente Augusto Melo do cargo, por gestão temerária, com 13 votos a favor, incluindo partidários da situação.

Também por conta desse histórico é que não se cogitou, por exemplo, trocar as datas, votando a previsão orçamentária no dia 2 e o impeachment de Melo no dia 9. A compreensão nos bastidores do clube é que a diretoria não conseguiria entregar a peça do orçamento 2025 do Corinthians, caso a sessão fosse daqui a cinco dias.

Por ora, portanto, a sessão que votará o afastamento de Augusto Melo de seu cargo segue marcada para a próxima segunda-feira. A Central do Timão segue acompanhando os bastidores do Corinthians.

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