
Gazeta Esportiva.com
·26 giugno 2025
Entenda o que levou Mattos a deixar o Cruzeiro e aceitar desafio no Santos

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·26 giugno 2025
A decisão de Alexandre Mattos de deixar o Cruzeiro para assinar com o Santos pegou muita gente de surpresa. Isso porque a Raposa briga pela liderança do Campeonato Brasileiro, enquanto o Peixe luta contra a zona do rebaixamento.
O executivo de futebol, no entanto, viu a proposta do Alvinegro Praiano como um importante desafio na carreira. Na sua visão, o seu objetivo no clube mineiro já havia chegado ao fim, com sucesso.
“A gente precisa entender os novos desafios, mudança de mentalidade e de objetivo. Saí em um ano de brigar para não cair para disputar liderança do campeonato, batendo nos principais concorrentes. Uma mudança de comportamento, funcionários e estrutura. Quando Marcelinho e presidente me ligaram, ficou claro que o dever estava cumprido e com excelência no Cruzeiro. Não só por mim, por todos os profissionais, alguns levados por mim”, começou.
“Precisava de um novo desafio. De fazer o que me pediram. E agora é um novo desafio. São quase 20 anos de mercado, entendi que já contribuí e que agora posso contribuir em outro lugar. Não sairia se o Cruzeiro não estivesse em boas mãos”, ampliou.
A história do Santos também atiçou Mattos, que revelou já estar bem adaptado à cidade também.
“Eu tenho quase 20 anos de profissão. Fiquei impressionado com a quantidade de mensagens que recebi de pessoas fora do país parabenizando. Fifa, UEFA, MLS… Pessoas do convívio que parabenizaram de forma bem enfática. Isso mostra o tamanho do Santos, da marca, da camisa. Deu para ver que cheguei numa cidade gostosa, pessoas receptivas, qualidade de vida muito boa, excelente para ser sincero. Me sinto em casa rapidamente pela receptividade pelos funcionários”, comentou.
Além do Cruzeiro, Mattos também soma passagens por América-MG, Palmeiras, Atlético-MG, Athletico-PR e Vasco. Ao longo da sua carreira, o executivo de futebol ficou marcado por fazer altos investimentos. No Santos, entretanto, esse cenário não deve se repetir.
O dirigente, inclusive, relembrou alguns de seus trabalhos para tentar mudar essa visão de “gastão”. Ele destacou os processos de restruturação que realizou em seus antigos times. A ideia é fazer algo parecido no Peixe.
“As pessoas criam situações, marcas, e não param para analisar os dados e perceberem o contrário. Comecei no América-MG sem divisão nacional. Sete anos num clube com sete meses de salários atrasados. Foi a minha universidade. Saiu de sem divisão para a primeira divisão. Fui para o Cruzeiro, que devia salários e não tinha recursos. Foi um case de sucesso. O Palmeiras não tinha Crefisa, nenhum atleta queria ir. Era uma batalha contratar jogador. Com sucesso, organização, três ou quatro anos depois o investimento aumentou. Fui para o Athletico, dois anos, com muito sucesso. Vice da Libertadores, campeões paranaenses invictos, fomos para a Libertadores diretamente, a maior negociação do futebol brasileiro antes do Estêvão. Cuello, Canobbio… Athletico com folha de cinco ou seis milhões de reais”, citou.
“Meu histórico é chegar em momento de dificuldade, normal, se não for assim não há chegadas ou saídas. E tive cases de sucesso em todos os clubes por onde passei. E saí com legado positivo financeiro, títulos, estrutura, profissionais. Todos com muita dificuldade no início, mas com o tempo as coisas se desenvolveram. Sempre trabalhei de acordo com que o clube fornece. Aqui não será diferente. Vamos com calma, sem revolução. O Santos já fez contratações e me incluo na obrigação, mesmo chegando agora, de fazer elas darem certo. É resgatar esses atletas que estão se dedicando. Vi compromisso deles. Otimizar, ser assertivo, não extrapolar em nada. Maior contratação é pagamento em dia e contas organizadas. As coisas melhoram, vem o protagonismo, receitas aumentam”, acrescentou.
“Teve um único episódio, do Vasco. Não foi bem o que me falaram e fiquei dois ou três meses e saí. As coisas caminharam para outro lado e todos viram. Por isso fiquei pouco tempo. Sempre trabalhei com orçamento, realidade, dentro da autoridade do presidente. No caso do Cruzeiro, o dono. E vou fazer isso aqui”, finalizou.