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·22 agosto 2025

Eliminação do Botafogo na Libertadores provoca sensações terríveis

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Nada supera a decepção com o Botafogo na derrota para a LDU por 2 a 0, score que marca a eliminação do time alvinegro nas oitavas de final da Copa Libertadores, na última quinta-feira (21), no Estádio Rodrigo Paz Delgado. Parece que os jogadores do Glorioso ingressaram em uma máquina do tempo e retornaram à Filadélfia (EUA), onde perderam para o Palmeiras por 1 a 0, no Mundial de Clubes da Fifa. Mesmo roteiro: três volantes, escassez de ideias ofensivas, apatia e iniciativa somente quando tudo estava perdido. Um revés que provoca sensações terríveis, como luto e, sobretudo, angústia em relação ao futuro, principalmente quando a instituição depende de decisões jurídicas para saber como será o amanhã. Dói muito ver um campeão sem rumo. Os jornalistas equatorianos, presentes no Casa Blanca, aliás, não reconheciam o Mais Tradicional e questionavam se era mesmo o dono da taça que estava ali. “Papelão”, definiu um repórter ao lado da equipe de reportagem do Jogada10.

A conta chegou em Quito

O tema do planejamento já se tornou repetitivo, assim como a arrogância com a qual o clube (leia-se John Textor) tratou a temporada. Mas a queda é um retrato fidedigno de 2025: decisões equivocadas, dinheiro despejado em contratações inexplicáveis, mudança de perfil do plantel, remontagem do elenco na metade do Campeonato Brasileiro e rompimento com 2024. O ano do Botafogo começa, então, agora, no fim de agosto, em São Januário. Sim, a bomba poderia explodir em Bragança Paulista. Causou os seus estragos duas semanas depois, em Quito. No fim das contas, a tendência era a conta chegar em um momento-chave. Que o efeito desta pancada não respingue na Copa do Brasil, o grande trunfo para minimizar o desastre desta eliminatória da Libertadores e os deslizes esportivos da SAF.


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Teoria x prática

Marçal, na prévia do segundo confronto contra os equatorianos, sentenciou ao J10 que era impossível a equipe jogar tão mal quanto na ida, no magro 1 a 0 a favor do Botafogo, no Nilton Santos. Porém, nada é tão ruim que não possa piorar, reza o ditado popular. E o diagnóstico do zagueiro era compreensível. Afinal, era difícil prever que o time teria um desempenho coletivo tão indecente na capital equatoriana. Este reles colunista, por exemplo, acreditou no elenco e no corpo técnico, mesmo com todos os sinais que a equipe apresentava. Largou a mão dos pessimistas e mostrou que o Alvinegro contava chances concretas de voltar para casa com a vaga nas quartas de final na bagagem. Havia indícios. O principal deles o fato de o Glorioso, na teoria, ser superior a uma limitada LDU. O técnico Davide Ancelotti trabalha com atletas de alto nível. Na prática, contudo, o plano do adversário sempre foi mais eficaz.

Botafogo não competiu

Antes de tudo, a altitude não é muleta. O ar rarefeito existe desde o Big Bang ou quando Deus colocou a mão na massa para criar o mundo. Os 2.850 metros acima do nível do mar influenciam em campo, mas inúmeros times que visitaram a capital do Equador exibiram uma postura mais digna. O Botafogo não apresentou nada. Poucas vezes trocou passes em sequência. Marlon Freitas, no 1 a 0, observou o lance enquanto seus companheiros se matavam com carrinhos. Depois, ainda cometeu um pênalti infantil. Allan pecou em tudo. Savarino, pobrecito, precisou se virar em ligações diretas contra dois armários. A defesa da LDU, em casa, não é a do Bragantino para o venezuelano performar de falso 9. Danilo, jogador de Seleção Brasileira, caiu vertiginosamente nos últimos encontros. E Ancelottinho, por fim, demorou uma eternidade para mexer. Uma noite de pesadelo no Casa Blanca.

Pressionado, o Botafogo dispõe de poucas horas para lamber as feridas desta melancólica despedida da Copa Libertadores. Contra o Juventude, neste domingo (24), em Caxias do Sul, saberemos se o time de 2025 é capaz de dar uma resposta imediata à frustração e recolocar as coisas no eixo. A temporada não acabou. Outros grandes desafios aparecem no cronograma do Glorioso. Mas a situação é delicada, e as tempestades se anunciam.

*Esta coluna não reflete, necessariamente, a opinião do Jogada10.

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