
Central do Timão
·27 giugno 2025
Duílio Monteiro Alves e Augusto Melo negam irregularidades tributárias no Corinthians; inquérito foi aberto

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·27 giugno 2025
A Polícia Federal instaurou um inquérito para investigar possíveis crimes tributários cometidos pelo Corinthians, com base em indícios de sonegação de impostos. A investigação teve início em 30 de abril, por ordem da Justiça, atendendo a um pedido do Ministério Público Federal (MPF). A suspeita é de que o clube tenha incorrido em condutas previstas nos artigos 1º e 2º da Lei 8.137/90, que trata de crimes contra a ordem tributária.
Os detalhes sobre os valores envolvidos e o período exato das supostas irregularidades permanecem sob sigilo. No entanto, sabe-se que os atos investigados teriam ocorrido entre o final de 2023, durante a gestão de Duilio Monteiro Alves, e 2024, já sob o comando do presidente afastado Augusto Melo. Ambos se manifestaram após a divulgação da instauração do inquérito, por meio de notas oficiais.
Foto: Divulgação
Duílio afirmou ter tomado conhecimento pela imprensa sobre a investigação, e declarou estar buscando mais informações junto ao clube. Ele defendeu sua gestão, classificando-a como “extremamente diligente” no cumprimento dos compromissos federais, citando o pagamento de diversas dívidas e a obtenção de uma Certidão Negativa de Débitos (CND) no final de 2022.
O ex-presidente ainda informou ter solicitado detalhes sobre a investigação e as datas dos débitos ao clube, mas atribuiu eventuais pendências que motivam as apurações à gestão Augusto Melo, acusando-a de não cumprir compromissos assumidos pelo Corinthians. Ele finalizou afirmando que, após se aprofundar no assunto, estará à disposição para prestar os esclarecimentos necessários.
Já Augusto Melo negou veementemente que débitos tributários não pagos configurem crime de sonegação fiscal, classificando tal afirmação como “prematura e tecnicamente incorreta”. Ele esclareceu que a situação pode envolver inadimplência fiscal declarada, o que pode levar a execuções fiscais pela Fazenda Pública – processos que, segundo ele, estão sendo gerenciados pelo departamento jurídico do clube.
Melo atribuiu os problemas fiscais e trabalhistas, especialmente o não recolhimento de FGTS e outras obrigações, à “gestão anterior” de Duílio Monteiro Alves, qualificando-a como “extremamente deficiente” e responsável por ações judiciais e cobranças atuais. Afirmou ainda não haver acusações formais ou indícios de sonegação por sua gestão, defendendo que sua gestão prezou pela responsabilidade e transparência, pedindo que o caso seja analisado com apuração técnica e jurídica adequada.
Confira a nota de Duílio Monteiro Alves:
“Tomamos conhecimento pela imprensa de investigação de pendências tributárias federais e já estamos nos informando a respeito do tema.
Tenho segurança de que minha gestão foi extremamente diligente na condução dos compromissos federais.
Quitamos diversos compromissos do clube independente do período que se referiam e, quando possível, pactuamos aquilo que estava além da nossa capacidade financeira, inclusive obtendo Certidão Negativa de Débitos no final de 2022, coisa que o clube não conseguia desde 2017.
Já pedi ao clube informações possíveis a respeito da investigação e das datas dos débitos, mas pelo que pudemos apurar preliminarmente, mais uma vez a gestão do presidente afastado deixou de cumprir com compromissos assumidos pelo Corinthians, gerando tais apurações.
Assim, que nos aprofundarmos nessa questão, estaremos à disposição para prestarmos as explicações necessárias.”
Confira a nota de Augusto Melo:
“Com relação às inconsistências encontradas no balanço anterior e aos questionamentos envolvendo o tema da sonegação fiscal, é importante esclarecer que é prematuro e tecnicamente incorreto falar em crime de sonegação fiscal neste momento.
O que se verifica, na realidade, é a existência de débitos tributários declarados e não pagos, situação que, embora preocupante, não configura crime, mas sim inadimplência fiscal. Nesses casos, o que ocorre é a possibilidade de execução fiscal por parte da Fazenda Pública, processo que está sendo devidamente gerenciado pelo departamento jurídico do clube.
Ao que consta, a gestão anterior, comandada por Duilio Monteiro Alves, foi extremamente deficiente na condução da política de arrecadação e pagamento de tributos e encargos trabalhistas, especialmente no que diz respeito ao recolhimento do FGTS e outras obrigações legais, o que acabou resultando em ações judiciais e processos de cobrança em curso contra o Corinthians.
Importante destacar que não há qualquer acusação formal ou indício de prática de sonegação fiscal por parte da atual gestão Augusto Melo. O que se discute diz respeito a passivos herdados e que vêm sendo enfrentados com responsabilidade, transparência e compromisso com a regularização financeira do clube.
As dívidas acumuladas pelo Corinthians devem ser analisadas em seu conjunto, e não atribuídas de forma leviana a esta ou aquela administração sem a devida apuração técnica e jurídica.”
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