Diretor do São Paulo revela quanto o clube irá lucrar por show em novo acordo com a Live Nation, e valor milionário no fim do ano surpreende | OneFootball

Morumbi pode render alto valor ao Tricolor com shows ainda neste final de 2025 (Foto: Divulgação)

MARCIO MONTEIRO

@avantmtricolor

São Paulo e Live Nation, gigante produtora de eventos do showbiz,acertaram no último mês a renovação da sua parceria exclusiva para organizar shows de estrelas internacionais da música no Morumbi até 2031.

O acordo original entre as partes, assinado em dezembro de 2023, tinha cinco anos de duração e renda inicial de até R$ 60 milhões aos cofres do clube.O novo contrato prevê lucro agora que totaliza R$ 77,4 milhões. Exatos 50% desse valor já foram pagos ao Tricolor como adiantamento.

Outra novidade na renovação entre as partes é que agora o São Paulo também recebe uma porcentagem dos ingressos vendidos em casa show em seu estádio. Quem detalhou melhor o bônus ao clube foi Eduardo Toni, diretor de marketing do Tricolor e revelou quanto poderá lucrar em cada espetáculo.

“A gente propôs para eles uma renovação para o centenário. Eles toparam e então prorrogamos, mas a gente mudou e ampliou o escopo: aumentamos o valor fixo do contrato e criamos uma modalidade para o São Paulo receber também por ingressos vendidos. Então hoje, se a gente recebeum show grande, onde colocamos 80 mil pessoas no Morumbi, a gente recebe cerca de R$ 4,5 milhões líquidos por show”, afirmou Toni em entrevista à TNT Sports.

“Então se você pensar que no final de outubro e novembrovamos ter cinco shows, só nesse período vamos arrecadar cerca de R$ 22,5 milhões”, fez as contas o dirigente do São Paulo.

O valor realmente impressiona, ainda mais aos já conhecidos e questionados cofres são-paulinos, que vivem os dias mais endividados de sua história.

O montante de cerca de R$ 22,5 mi se deve, como disse Toni, a uma série de shows que a casa do Tricolor irá receber neste segundo semestre. No dia em que anunciaram a renovação da parceria, divulgaram também .

“Nós temos um valor fixo por show, temos um valor por ingresso vendido, que é de R$ 20 por unidade, temos o percentual de venda de alimentos e bebidas, que aumentou em relação ao que tínhamos antes, e temos um percentual por merchandising, que seria a venda de produtos do artista. Todo esse valor é além do valor fixo da parceria”, revelou o homem forte do marketing tricolor.

Outra questão explicada pelo profissional foi sobre uma possível valorização contratual, já que o acordo foi para um longo período, ainda com seis anos e meio pela frente.

“A gente criou um gatilho para monitorar o que acontece no mercado. Tanto para um lado, quanto para o outro. Então se o mercado explodir e os valores aumentarem muito, nossos contratos também serão reajustados pra cima. Se o mercado implodir, o que a gente sabe que é mais difícil, a gente vai rever os números pra baixo. A gente não corre o risco de ficar defasado em relação ao mercado”, dissertou Eduardo Toni na entrevista.

MAIS MELHORIAS PELA PARCERIA

Como revelou em detalhes oAVANTE MEU TRICOLOR, está previsto ainda outro benefício: o investimento numa pequena reforma do Morumbi, a fim de melhorar a circulação do público durante os shows, com a construção de dois túneis de acesso permanentes e a redução de rampas, como confirmou o cartola.

“Para acessar a pista você tem uma rampa que é feita. Para colocar essa rampa, hoje, nós temos que tirar um monte de cadeiras do andar térreo. Nesse primeiro momento estamos fazendo dois túneis por baixo da arquibancada na frente do palco. Não vamos precisar tirar essas cadeiras mais. Isso ganha tempo pra remontar o estádio depois”.

“Num segundo momento, nós vamos fazer isso também com as rampas lá no fundo. Isso será permanente. Elas serão usadas, obviamente, apenas em dias de shows, porque é para acessar o campo. Mas elas vão ficar permanentes no estádio. É uma benfeitoria para o Morumbi. Assim, vamos devolver o estádio pro futebol mais rapidamente”, contou Eduardo Toni, que completou.

“Todos esses custos serão bancados pela Live Nation. Como já acontece com todos os custos e problemas que tenha no estádio. Isso já fazia parte do contrato e se mantém. Se o gramado for danificado e tivermos que trocar, eles pagam. Eles devolvem o estádio do jeito que encontraram. Todos os problemas que ocorrem eles precisam pagar para o São Paulo ou resolver o problema”, concluiu.