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·2 maggio 2025

Denúncia anônima acusa funcionário da CBF de sabotagem em reunião com Itaú

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A alta cúpula dos departamentos internos da Confederação Brasileira de Futebol se viu envolvida em mais uma polêmica em meio ao caos recente. Desta vez, um denunciante anônimo entregou o nome de Haroldo Aguiar, coordenador de TI da CBF, à Comissão de Ética do Futebol Brasileiro (CEFB) acusando-o de ter solicitado a queda proposital de uma reunião virtual com o Itáu. Trata-se de um dos principais patrocinadores da entidade.

O episódio ocorreu poucos dias após a CBF anunciar a renovação de seu contrato com o banco privado por mais quatro anos, em setembro de 2022. As partes tinham acabado de firmar o acordo avaliado em R$ 300 milhões — aproximadamente R$ 75 milhões por ano. Nessa altura, a relação entre as partes completava 14 anos.


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Segundo trocas de mensagens divulgadas pelo portal Léo Dias, Haroldo Aguiar teria orientado o analista de suporte, Ulysses Campos, a derrubar a conexão da videoconferência por cinco minutos. A ordem surgiu após um pedido informal feito por Luciara Vasconcelos, funcionária do setor financeiro, que buscava ajuda do suporte técnico para organizar a reunião com o banco.

“Ela pediu por e-mail ou formulário?”, questionou Aguiar. Informado de que o pedido ocorreu verbalmente, nos corredores da entidade, respondeu: “então deixa cair por cinco minutos”.

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Print da conversa de Haroldo com Ulysses – Foto: Divulgação/Léo Dias

Desconfiança entre setores da CBF

Notou-se, a partir das conversas de Haroldo com outros funcionários, um clima de animosidade entre os setores de TI e Financeiro da entidade. Em um dos diálogos, Aguiar comenta com Thiago Neves, do mesmo setor que ele, sobre o fortalecimento político de Luciara dentro da Confederação.

“Ela está forte com o presidente Ednaldo Rodrigues. Ir contra é um tiro no pé”, escreveu Haroldo Aguiar.

O coordenador também expressou desconfiança em relação ao setor financeiro em conversa com Elton, ex-funcionário da TOTVS, empresa fornecedora de software. “Eles empurram os problemas para os outros”, afirmou. A troca de mensagens ocorreu no mesmo dia da reunião com o Itaú, e ele inclusive menciona um “problema de internet”. Dando mais indício da ação deliberada de sabotagem.

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Haroldo Aguiar em conversa com Thiago Neves, outro funcionário de TI da entidade – Foto: Divulgação/Léo Dias

Comissão arquiva denúncia anônima

A denúncia, que também incluía outras três acusações envolvendo possíveis violações ao código de ética da CBF, acabou arquivada pela CEFB. A comissão alegou que não analisa casos cuja autoria não seja identificada. Ainda assim, o teor levanta preocupações sobre a possibilidade de práticas semelhantes ocorrerem de forma recorrente dentro da entidade.

“Tivemos conhecimento deste caso, mas quem nos garante que não existam outros semelhantes sendo praticados cotidianamente?”, diz um trecho do documento.

Relações comerciais abaladas

Mesmo tendo alcançado em 2024 uma arrecadação recorde de R$ 1,5 bilhão, a CBF enfrenta instabilidade com seus patrocinadores. Quatro marcas — GOL Linhas Aéreas, Mastercard, Pague Menos e TCL Semp — encerraram seus contratos após os escândalos noticiados pela Revista Piauí. Desde a Copa do Mundo de 2022, já são nove os patrocinadores perdidos pela entidade.

A Revista Piauí revelou que a CBF teria abandonado 10 veículos fornecidos pela FIAT, como forma de pagamento do contrato de patrocínio avaliado em R$ 6 milhões anuais. Os carros — entre eles oito Jeep Commanders, um Jeep Compass e um Mobi — permanecem desde 2023 em pátios de concessionárias, sem terem sido retirados pela entidade.

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