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Deus me Dibre

·25 maggio 2025

Cuca cobra profissionalização da arbitragem, cita elenco curto e lamenta chances desperdiçadas

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Após o empate sem gols entre Atlético e Corinthians, neste sábado (25), na Arena MRV, pela 10ª rodada da Série A do Campeonato Brasileiro, o técnico Cuca concedeu entrevista coletiva e abordou uma série de pontos relevantes sobre o desempenho da equipe, o calendário do futebol brasileiro e a arbitragem.

Um dos principais temas da coletiva foi a atuação do árbitro Rafael Rodrigo Klein, especialmente em um lance envolvendo o zagueiro Lyanco. Cuca admitiu que seu defensor poderia ter sido expulso, mas usou o episódio para levantar uma discussão mais ampla sobre o nível da arbitragem brasileira.


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“Eu vou falar o meu sentimento. Eu acho que ele poderia ter dado o segundo amarelo pro Lyanco, ele interpretou que não porque o rapaz caiu com a mão no rosto e foi uma segurada no peito. São coisas que tem um sentimento diferente, mas poderia ter dado um segundo cartão. Mas eu não sou advogado dos árbitros, mas tá difícil ser árbitro. É uma pressão dentro do campo, uma pressão fora do campo, dos treinadores, no corredor. Em todo lugar. Uma pressão enorme. E os caras são seres humanos, tem sentimento e às vezes erram. Não adianta ficar criticando a arbitragem. É fácil saber qual o problema que tem: falta de profissionalização. Olha a importância que ele tem. Eles mexem com milhões de investimento e não são profissionais. Se ele se profissionalizar, ele vai viver daquilo, vai treinar mais, se dedicar mais, errar menos. É o natural. Não adianta o VAR, tem lances que não é do VAR, como esse do Lyanco. Eles erram como todos erram, mas não tem maldade. Não tem santo no futebol, todo mundo pressiona e reclama. Acho que a gente pode e deve ajudar muito mais.”

O desempenho do Atlético também foi tema de análise. Cuca reconheceu que o time começou mal e lamentou as oportunidades desperdiçadas, especialmente na etapa final.

“Hoje nosso primeiro tempo não foi bom. Mas as chances claríssimas que a gente perdeu, foram mais perto que pênaltis. No segundo tempo jogamos melhor, mas o Corinthians soube se defender também. Sempre você pode jogar melhor e produzir mais, mas tem que ser mais eficaz. Se jogar o que jogou hoje com eficácia, faz 1 ou 2 gols, é o suficiente pra vencer.”O técnico ainda se queixou do rendimento técnico em campo, fazendo críticas ao desempenho coletivo.

“Não encaixou. Não conseguimos encaixar. Num jogo assim, nesse tipo de campo, tem que ter os caras que jogam bola, que tratem bem a bola. O sintético te entrega, ele é dedo-duro. Se ela bater na canela, é porque você é ruim. Pra jogar nesse jogo tem que ter qualidade. Os volantes não podem só marcar, eles tem liberdade pra construir, os próprios zagueiros. E hoje não conseguimos fazer esse jogo fluir. E isso faz muita falta se depender só do bloco da frente pra jogar. Quando tivemos Scarpa e Igor Gomes por fora, a gente teve o controle do jogo. Se das 3 chances que a gente teve faz 1, vira outro jogo.”

Outro ponto abordado por Cuca foi o desgaste do elenco, tanto físico quanto psicológico. Ele revelou que seis jogadores estão com sintomas de influenza, o que dificultou ainda mais o planejamento para o jogo, e reforçou a limitação do grupo atleticano para lidar com o calendário apertado.

“Estamos com seis caras com surtos de influenza, Gabriel Menino nem conseguiu vir pro estádio. […] Nós temos um elenco curto, por isso não dá pra poupar muito jogador ao mesmo tempo.”

Ao ser questionado sobre as palavras de Dorival Júnior, técnico do Corinthians, que falou sobre a dificuldade de manter o rendimento jogando a cada três dias, Cuca concordou e enfatizou os desafios do Atlético nesse aspecto.

“Dentro de jogos que se tem, com a intensidade que se tem, não consegue fazer jogos de alto nível jogando toda vez assim, você tem que rodar, a gente tem tentado rodar dentro do que a gente pode. Existe uma disparidade, um pouco, do titular com o reserva. Vamos poupar quinta-feira? Tirar os titulares e perdemos o primeiro lugar ou nem classificamos? Vale a pena? Domingo, no Ceará, a gente pode pensar nisso. Nós temos um elenco curto, por isso não dá pra poupar muito jogador ao mesmo tempo.”

Cuca também abordou a importância da pausa prevista no calendário nacional, no meio do ano, durante a disputa da Copa do Mundo de Clubes da FIFA.

“Hoje não jogamos com 2 dos principais jogadores que a gente tem (Arana e Cuello), no nosso lado esquerdo forte. A parada ela é recuperatória pra todos. Aí você tem que mesclar quem precisa de recuperação e quem precisa de treino pra deixar equiparado.”

Sobre possíveis saídas na próxima janela, o treinador foi direto ao comentar a situação de Rubens, alvo de sondagens do mercado internacional.

“Me preocupa muito. Se a gente perder um jogador do nível do Rubens, não vai repor a altura. E ele não tá no ápice dele ainda, vai evoluir muito, tanto quanto volante, meia, lateral. Eu tô falando o que eu penso. Não tenho projeto nenhum. Talvez no final do ano ele possa sair, mas, até lá, não.”

Apesar de manter a invencibilidade como mandante na Arena MRV, o Atlético perdeu os 100% de aproveitamento no estádio em 2025. Cuca reconheceu o desgaste do elenco e não escondeu o abatimento.

“Hoje perdemos o 100% aqui. Até tivemos oportunidades pra fazer o gol, mas infelizmente não aconteceu. As vezes o cansaço não é só físico, é psicológico também e você não consegue recuperar direito. Eu mesmo tô cansado. Muitos jogadores machucados, essa influenza…. você não pode fazer as trocas que você quer. É difícil né?”

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