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·16 luglio 2025
COTIA FAZ 20 ANOS! A Base do São Paulo, a maior joia, a salvação do clube

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COTIA FAZ 20 ANOS! A Base do São Paulo, a maior joia, a salvação do clube
Um resumo sobre a construção do CFA de Cotia e sobre as sedes das categorias de base do Tricolor ao longo do tempo
O CFA Presidente Laudo Natel em 2024. Foto: Rubens Chiri / saopaulofc.net
No dia 16 de julho de 2005, há 20 anos, o São Paulo inaugurou o Centro de Formação de Atletas Presidente Laudo Natel, em Cotia, cidade da zona oeste da Grande São Paulo, a cerca de 30 quilômetros da capital.
O CENTRO DE FORMAÇÃO DE ATLETAS
O projeto, liderado pelo então presidente Marcelo Portugal Gouvêa, foi o primeiro investimento de grande porte para a criação de um centro de treinamento exclusivo para a formação de jogadores no Brasil.
Na ocasião da abertura, o São Paulo havia dispendido seis milhões de reais em obras e outros 2,2 milhões de reais com a aquisição do terreno de 220 mil metros quadrados, comprado do casal Edison e Sílvia Fongaro em 27 de julho de 2004 – o espaço, originalmente, era um haras da Siled Fongaro Empreendimentos e Construções S/A.
O CFA em 2004. Fotos: Rubens Chiri / saopaulofc.net
Embalada pelo título da Copa Libertadores de 2005, a diretoria são-paulina promoveu a inauguração da nova joia do clube poucos dias depois da conquista, mas o CFA não estava plenamente concluído na àquela altura – ainda que já tivesse condições operacionais. Várias instalações seriam finalizadas nos próximos anos, inclusive algumas vultuosas.
O CFA em julho de 2005. Fotos: Rubens Chiri / saopaulofc.net
Em 27 de novembro de 2007, o clube adquiriu mais 10 mil metros quadrados de terreno junto ao casal Graciele e Paulo Rodrigues Leite Júnior, expandindo a área do Centro de Formação para 230 mil metros quadrados.
A segunda unidade do REFFIS (Núcleo de Reabilitação Esportiva Fisioterápica e Fisiológica) foi finalizada e implantada em 3 de fevereiro de 2011, contando como novidades o chamado “caminho das águas”, um circuito aquático para propriocepção, e uma piscina acima do nível do solo, que permite que exercícios de fisioterapia sejam acompanhados do exterior por meio de janelas. Em 16 de dezembro de 2024, o espaço passou por uma grande revitalização e foi reinaugurado com novos equipamentos da Matrix Fitness.
O REFFIS. Fotos: Rubens Chiri / saopaulofc.net
No dia 16 de abril de 2011, com uma vitória por 4 a 0 sobre o SC Barueri em jogo do Campeonato Paulista Sub-15, foi inaugurado – com capacidade para 1500 pessoas – o Estádio Marcelo Portugal Gouvêa (batizado desta forma, em homenagem ao presidente, em data posterior) dentro das dependências do Centro de Formação.
O estádio. Fotos: Rubens Chiri / saopaulofc.net
Por fim, no ano seguinte, no dia 4 de janeiro, o CFA abriu as portas do principal alojamento do empreendimento. Desenhado pelo arquiteto por Ruy Ohtake, o edifício de padrões hoteleiros de três pavimentos comporta até 137 hóspedes em 67 apartamentos de aproximadamente 25 metros quadrados cada, totalmente equipados. O espaço serviu, inclusive, de sede para a delegação colombiana durante a Copa do Mundo de 2014.
Rubens Chiri
O HISTÓRICO DAS CATEGORIAS DE BASE
É um pouco nebulosa e difusa a história dos primeiros passos do futebol de base no São Paulo. Ainda nos tempos da Chácara da Floresta (1930-1935), é certo que o Tricolor possuía uma equipe secundária, então chamada de “aspirante”, mas não é o mais correto dizer que se tratava de um time de base, haja vista que atletas já formados, com idade superior aos 20 e tantos anos, podiam competir abertamente nesse quadro, que também era mesclado com jovens – E não se conhece elencos de faixa etária menor nesse período.
A Chácara da Floresta. Fotos: Arquivo Histórico João Farah / Tietê: o Rio do Esporte / CR Tietê
Os primeiros registros de atividades verdadeiramente voltadas jovens em desenvolvimento no futebol são-paulino são encontrados após a reorganização do clube (1935). O jogo mais antigo conhecido é de 17 de maio de 1936, disputado entre juvenis, e o São Paulo perdeu por 3 a 2 para o Luzitano no Parque Antarctica.
Nesta época, tal como os profissionais, os atletas amadores migravam de campo em campo para realizar seus treinamentos. Utilizavam por vezes os fundos da Igreja da Consolação, o campo da Rua Anhaia, o campo do Sírio, o da Várzea do Glicério e outros no Bom Retiro… Peregrinaram muito até que, em 1938, também se valeram do Estádio Antarctica Paulista, o famoso campo da Rua da Mooca – casa do São Paulo até o início dos anos 1940.
Com a inauguração do Estádio Municipal de São Paulo, o Pacaembu, o Tricolor passou a mandar os jogos do time principal lá e, em muitas ocasiões, as preliminares ficavam à cargo de equipes de base (aspirante ou juvenil). Contudo, treinamentos ali eram raros. Somente com a aquisição do Canindé, entre 1942 e 1944, que a base encontrou um recanto que pôde chamar de sede pela primeira vez.
Contudo, como no local só havia um campo para treinamentos, e ele era compartilhado com os adultos, muitas vezes os meninos eram obrigados a trabalhar em campos emprestados de times de várzea dos arredores, como o Estrela do Pari, o Serra Morena, o clube da CMTC…
O Canindé. Fotos: Arquivo Histórico João Farah
Ainda assim, até 1955, a casa das categorias de base do Tricolor foi o Canindé. A venda do terreno – para ajudar nas obras de construção do Estádio do MorumBIS – marcou o início de uma nova fase itinerante para os jovens são-paulinos. Nos arredores do novo bairro havia campos para peneiras e treinamentos, mas eram provisórios e precários, em meio a canteiros de obras.
Mesmo com a inauguração do estádio, em 1960, e do complexo social, em 1962, os garotos não possuíam um espaço dedicado e apropriado para seus exercícios, e o São Paulo era obrigado a arranjar parceiros externos para que realizassem essas atividades. O clube passou a emprestar ou alugar campos tradicionais, como o da Cidade Jardim, do Transamérica, do Rebouças, da SABESP, e do Pequeninos do Jóquei – todos próximos, na região. Chegando, também, a firmar acertos com municípios vizinhos, como Taboão da Serra, Cotia e Embu.
Foi com a fundação da Escola de Futebol Vicente Ítalo Feola, em 25 de janeiro de 1975 (inspirada na primeira escola de futebol do Brasil, a do Grêmio, de 1968), que o Tricolor deu um salto de qualidade em relação às categorias de base. Instalada no corredor interno do estádio do MorumBIS, a escola contava inicialmente com quatro dormitórios para 40 garotos (algo depois ampliado para 74 pessoas em 12 dormitórios duplos e cinco coletivos), biblioteca, ambulatório, refeitório e fisioterapia (a partir de 1992) – equipamentos ofertados à amadores, de maneira regular, pela primeira vez na história do clube.
Com atletas infantis, juvenis e juniores, a Escola Vicente Feola alojou futuros craques, como os da geração dos Menudos (1985-1989), e ídolos mais tardios, como o próprio goleiro Rogério Ceni, da geração do Expressinho (1993-1996). Os mais experientes (os juniores), entretanto – desde a inauguração do Centro de Treinamento da Barra Funda, em 1988 –, compartilhavam o espaço recém-criado com os profissionais rotineiramente, diferentemente dos demais menores.
Esse cenário perdurou até meados dos anos 1990. Em 29 de setembro de 1997, o São Paulo passou a alugar as dependências do Centro de Formação de Atletas Profissionais – CEFAP – em Cotia (também conhecido como CT do Balão Mágico, nome da rua onde se localizava). O local, contudo, era pequeno – contava apenas com um campo oficial, um de treinamento de goleiros, alojamento para 60 atletas e sede administrativa.
Assim, a primeira estadia regular na cidade de Cotia foi dividida com outra instalação. Ainda em 1997 (13 de dezembro), o Tricolor inaugurou o Centro de Treinamento Homero Bellintani, no bairro do Guarapiranga, zona sul da cidade de São Paulo. O espaço, que contava com três campos de futebol e alojamentos, foi adquirido – em forma de comodato datado de 15 de outubro de 1996 – junto ao tradicional Estrela da Saúde Futebol Clube, e abrigou peneiras e atividades da base masculina, de maneira geral, como também o próprio time feminino principal, até o encerramento do unilateral contrato, em 11 de janeiro de 2015.
O Guarapiranga. Fotos: Rubens Chiri / saopaulofc.net
Contudo, nenhum dos dois locais era plenamente adequado para os anseios tricolores e, mesmo durante o uso desses ambientes, o departamento de futebol de base continuou sediado no MorumBIS e era comum o velho recurso de empréstimos de campos de várzea ou de terceiros para o dia a dia.
Sempre buscando melhorar as estruturas disponíveis, o Tricolor fechou uma nova parceria em 9 de setembro de 2002, desta vez com o multicampeão José Roberto Guimarães, para que todas as categorias de base e mesmo o efêmero “São Paulo B” utilizassem o Centro de Treinamento Sportville, em Barueri, de propriedade do técnico de voleibol. O fato acabou por encerrar, de vez, a Escola Vicente Feola, no MorumBIS, com todo o departamento sendo realocado no município vizinho.
O Sportville. Fotos: Rubens Chiri / saopaulofc.net
E então, por fim, no dia 16 de julho de 2005, o São Paulo transferiu, de maneira definitiva, todas as suas categorias de base para o Centro de Formação de Atletas Presidente Laudo Natel, em Cotia.
A FICHA TÉCNICA DO CFA PRESIDENTE LAUDO NATEL
Fotos: Rubens Chiri / saopaulofc.net
OS ATLETAS PROFISSIONAIS QUE PASSARAM PELO CFA PRESIDENTE LAUDO NATEL
(E a campanha geral deles pelo São Paulo)
Fotos: Rubens Chiri / saopaulofc.net
TODOS OS TÍTULOS DA ERA COTIA
Por Michael Serra / Arquivo Histórico João Farah