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·28 novembre 2024

Corinthians cancelou investigação interna sobre caso VaideBet antes de apuração ser concluída

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  1. Por Daniel Keppler / Redação da Central do Timão

Antes de firmar parceria com a empresa de consultoria Alvarez & Marsal, o Corinthians contava com o suporte da EY, antiga Ernst & Young, para se reorganizar administrativamente e reestruturar suas contas. Mas uma das atribuições reservadas à empresa foi cancelada, pouco mais de um mês após a assinatura do contrato com o Corinthians: a investigação da parceria entre o clube e a VaideBet.

A informação foi publicada inicialmente pelo ge.globo e confirmada pela Central do Timão. O pedido para que a EY cancelasse a investigação foi formalizado em 18 de junho, através de um e-mail enviado à empresa por Luiz Ricardo Alves, o Seedorf, na época atuando como diretor-adjunto do Timão.


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Foto: Rodrigo Coca/Ag. Corinthians

Outros dirigentes do clube estavam em cópia na mensagem: o então secretário-geral Vinicius Cascone, o então diretor jurídico Leonardo Pantaleão, e o diretor administrativo Marcelo Mariano, além do presidente Augusto Melo. Na mensagem, Seedorf solicitou que a EY suspendesse “todo e qualquer trabalho em andamento” a respeito da investigação sobre o acordo entre Corinthians e a casa de apostas.

Um dos motivos principais para a interrupção da investigação, antes mesmo que fosse concluída, seria o desconforto de dirigentes do clube com o fato de serem investigados internamente. Além disso, havia a compreensão de que, se a polícia já estava à frente de uma investigação formal, não haveria necessidade de o clube investir em uma nova frente de apuração dos fatos.

Ainda houve uma ponderação, feita por Romeu Tuma Júnior, presidente do Conselho Deliberativo do clube, de que a EY não possui um CNAE (Classificação Nacional de Atividades Econômicas) compatível com a prestação de serviço de investigação. “Adverti lateralmente em um e-mail, face notícias da imprensa, que eles não tinham CNAE para proceder investigações. Nunca pressionei a diretoria a fazer qualquer coisa”, afirmou o dirigente ao ge.globo.

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