Última Divisão
·25 luglio 2025
CBF deve mudar a Série D e pode criar a Série E em 2027; entenda

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·25 luglio 2025
A Série D do Campeonato Brasileiro deve mudar a partir de 2027. A CBF tem 2 planos para fazer grandes mudanças na última divisão nacional. E uma dessas ideias envolve a criação da Série E.
O Última Divisão conversou com Rogério Siqueira para entender esses planos. Ele é presidente do ASA e representa os times da Série D no CNC (Conselho Nacional de Clubes), um órgão criado para aumentar o diálogo entre CBF e os times. Em entrevista exclusiva, Rogério contou detalhes das mudanças planejadas.
O diálogo entre CBF e clubes da Série D vai aumentar na semana que vem, principalmente na terça (29/07): representantes de todos times da Série D vão se reunir na CBF para falar de diversos assuntos. E duas ideias de mudanças surgem como pautas principais:
Atualmente a Série D tem 64 clubes. Uma ideia para 2027 é deixar a competição com 96 times. O objetivo disso é dar vaga para 32 times que se destacarem na Série D.
Isso resolveria um grande problema: atualmente muitos times se destacam na Série D, mas ficam sem vaga para a edição seguinte. Afinal essas vagas são distribuídas em competições estaduais.
Rogério deu um exemplo prático: “A Aparecidense tem sido top 3 na primeira fase da Série D 2025. Mas se não subir, não tem calendário para o ano que vem. Mesmo se ficar em 5º lugar, não tem vaga”.
Portanto, nesse plano, a divisão de vagas da Série D ficaria assim:
Rogério explicou detalhes de como seria essa Série D com 96 times: “A ideia é que sejam 16 grupos de 6 times. O primeiro colocado de cada grupo já estaria na 3ª fase. O segundo e o terceiro de cada grupo disputariam um mata-mata. Então, nessa 3ª fase, teriam 32 times. E todos eles já teriam calendário garantido para o ano seguinte”.
Se os times e a CBF preferirem criar a quinta divisão, existem vários regulamentos cogitados. Mas no geral a ideia é a mesma: reduzir a Série D, para que ela fique mais atrativa, e deixar a Série E igual ou maior do que a Série D atual.
Um exemplo:
Outro exemplo:
A quantidade de times na Série E não está definida. Mas inicialmente é provável uma versão menor, com 64. Rogério explicou que não é possível “revolucionar” muito neste momento – o que é compreensível, afinal trata-se de uma negociação com valores milionários.
Rogério contou que ainda não conversou com Samir sobre a Série E. Mas disse que a ideia já circula na CBF há meses, desde quando Ednaldo ainda era presidente.
“Não conversei com o Samir sobre isso, mas conversei com outras pessoas da CBF. Essa proposta da Série E já vem desde o ano passado. Eu venho conversado com a diretoria de competições e vice-presidentes, que gostam da ideia, gostam da proposta, mas tudo precisa ser analisado e conversado”, conta o presidente do ASA.
Julio Avelar é o diretor de competições da CBF e nunca se posicionou claramente a favor da criação da Série E. Mas já deu a entender que, se os clubes quiserem, a CBF vai apoiar. E segundo Rogério, os times querem: “Posso dizer que é quase uma unanimidade”.
Rogério explicou que a ideia de criar a Série E é mais antiga e por isso já tem um apoio mais consolidado. Mas o plano de aumentar a Série D tem ganhado espaço.
“Eu gostei muito dessa segunda ideia, de ampliação, porque eu sou muito a favor da inclusão. Se você perguntar o que é melhor para o ASA, é uma Série D mais elitizada, que venha a ser um produto melhor para comercializar. Mas eu estou sempre com a maioria. Se a ampliação da Série D for melhor para todos, pode ter certeza que também sou a favor. As duas ideias são boas e podem ser feitas aos poucos”, comentou ele.
Atualmente a CBF já paga viagens e logísticas de jogos na Série D. Portanto, para ampliá-la ou criar uma nova divisão, é fundamental que haja um investimento muito maior da CBF. E Rogério acredita que esse dinheiro virá.
“Não tenho dúvida. Porque não é um custo, é um investimento. Posso dizer para você que esse investimento ficará em torno de 1% ou 2% do faturamento da CBF. É muito pequeno. E é um investimento merecido”
Qualquer mudança nessas divisões só será possível com muito investimento da CBF. Nunca acreditei que isso viria. E ainda tenho dúvidas se virá mesmo. Se for pra criar de qualquer jeito, melhor nem fazer. Mais importante do que ter Série E, é ter uma Série D decente.
Mas vamos imaginar que a CBF realmente vai aumentar o investimento e será possível fazer essa mudança…
Não gosto dessa ideia:
Na prática você só aumenta o calendário para 20 times. É pouco. E a Série E continuaria com o problema que existe na Série D atual – muitos times ficariam sem estabilidade para o ano seguinte.
Se a Série E tiver 96 times, até melhora, pois é possível dar mais estabilidade para os times. Mas ainda não é o ideal, principalmente se for mantida a quantidade de vagas para a Série D: 4 acessos entre 96 clubes é muito pouco.
Gosto mais dessa ideia
Nesta Série D, os 32 times poderiam ser divididos em dois grupos de 16 clubes. Ou 4 grupos de 8 times. E depois viria o mata-mata.
Na Série E de 96 times é possível fazer aquela distribuição de vagas que dá mais estabilidade: 60 times classificados através dos estaduais, 32 destaques do ano anterior e 4 rebaixados da Série D.
A distribuição de 6 times em 16 grupos não me agrada, pois muitos clubes teriam apenas 10 jogos para disputar. Mas entendo que, para diminuir os gastos, pode ser um sacrifício necessário no início.
Os regulamentos dos estaduais de 2025 já previam vagas para a Série D de 2026. Então não é possível mudar o regulamento para o ano que vem. Portanto, todas essas mudanças estão sendo cogitadas para 2027.
E Rogério confia que as novidades serão colocadas em prática daqui a dois anos: “Estamos bastante otimistas. Temos sido escutados com muita atenção, em todos pleitos que a gente leva. Somos atendidos, mas sempre com muita cautela e responsabilidade. Estou otimista que teremos novidades na terça-feira (29)”.
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