Fala Galo
·7 settembre 2024
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Estudo do Flashscore sobre a janela de transferências de La Liga busca analisar como as equipes espanholas se movimentaram para competir com ligas e equipes que têm poder de compra infinitamente maior e com poucas restrições de Fair Play financeiro. A análise aponta quais clubes estão fazendo as melhores jogadas e quais jogadores são as maiores pechinchas.
Thomas Freismuth, CEO da agência de jogadores GROW, explica quais fatores desempenham um papel na avaliação do valor de um jogador: “Atribuir valor de mercado aos jogadores é complexo; é o mercado que determina o preço, mas há vários fatores importantes para os clubes; a duração do contrato, a idade do jogador, a posição, os dados de desempenho, o histórico de lesões, a nacionalidade ou a reputação do clube vendedor, entre outros fatores. E também é preciso analisar cada um deles em relação ao mercado geral, por exemplo, se houver poucos atacantes de ponta no mercado, o preço deles automaticamente subirá.”
Sobre o significado dos valores atribuídos aos jogadores e se eles têm algum ponto fraco ou se há fatores que não refletem, Freismuth afirma: “Esses valores de mercado são usados pela mídia. Os valores usados em plataformas de referência como o Flashscore são mais frequentemente mencionados em negociações. Não conheço nenhuma ferramenta para avaliar esses valores de mercado que não tenha pontos fracos – porque o mercado é complexo e nem todas as decisões de transferência são tomadas de forma racional. Além disso, não se pode prever tudo, como fatores culturais; um jogador sul-americano pode jogar no mesmo nível no Leste Europeu e no sul do continente? Isso aumentará seu valor de mercado? Não existe uma receita geral.”
Nos 78 dias entre 14 de junho e 30 de agosto deste ano, os clubes da La Liga gastaram € 553.940.000, menos de um quarto do que foi gasto pelos times da Premier League, para contratar jogadores cujo valor de mercado combinado era de € 892.613.866. Portanto, os clubes pagaram apenas cerca de 62% do real valor de mercado.
Villarreal, Girona e Real Sociedad são os únicos times que gastaram mais em transferências do que deveriam, de acordo com os valores de mercado. Há uma explicação para esse fato, que é o fato de os três terem investido em jogadores para o futuro. As chegadas de Logan Costa, Thierno Barry, Reis Junior e Willy Kambwala se enquadram nessa categoria, pois nenhum deles tem mais de 23 anos. Diego Conde (25) também chegou por um valor acima do preço de mercado, depois de ter sido o goleiro menos vazado na última temporada da segunda divisão.
O descompasso no elenco do Real Madrid é explicado pela chegada de Osri Oskarsson (20), um jogador com grande potencial que chegou por 20 milhões de euros, mais de quatro vezes o seu valor de mercado atual (€ 4.680.320). No Girona, a grande aposta para o futuro é Yaser Asprilla (20), que chegou por 18 milhões de euros, mais do que o dobro de seu valor de mercado atual (€ 8.935.156).
Há vários casos que chamam a atenção, como o Betis, que contratou por pouco mais da metade (€ 26.950.000 frente aum valor de € 50.773.322) ou o Alavés, que não chegou nem a 50% (€ 9.500.000 frente a € 20.094.255), para mencionar apenas alguns.
Os times cotados para brigar pelo título parecem ter se movimentado bem. O Atlético de Madrid investiu bastante, mas poderia ter gastado muito mais de acordo com os valores de mercado, assim como o Barcelona, que vem tendo problemas com o Fair Play financeiro. O caso do Real Madrid se destaca mais numericamente, mas principalmente pela chegada do jogador mais valioso do mundo (Mbappé – €196.573.438) como agente livre.
É doloroso ver como o Celta não obteve nenhum lucro com as transferências, já que a venda de Strand Larsen conta como um empréstimo até a próxima temporada, mas há outros casos cruéis, como o do Barcelona, que conseguiu pouco mais da metade do que poderia ter recebido (€ 38.300.000 ante € 73.836.728), sendo particularmente doloroso ter se desfeito de Ilkay Gundogan (avaliado em €15.104.669) e Sergiño Dest (€ 21.841.493), este último gravemente lesionado, sem ter conseguido qualquer valor de transferência. No caso do Atlético, grande parte do desequilíbrio se deve a Samu Omorodion, que deveria ter saído por mais de € 40 milhões para o Chelsea e acabou saindo por € 15 milhões para o Porto (e está avaliado em € 32.762.240).
É preciso notar que esses desencontros nas saídas, bem como os benefícios nas chegadas, são motivados pela movimentação de agentes livres, em alguns casos jogadores valorizados, como Bertrand Traoré, que deixou o Villarreal avaliado em € 10.069.779 ou Guido Rodríguez, que deixou o Betis com um valor de € 19.288.591.
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