oGol.com.br
·22 luglio 2025
Berger vence o câncer duas vezes e encanta a Europa

In partnership with
Yahoo sportsoGol.com.br
·22 luglio 2025
Desconhecida para muitos, o nome de Ann-Katrin Berger tem sido muito comentado nos últimos dias no mundo do futebol, após a goleira alemã ter sido heroína e liderado a Alemanha até as semifinais da Eurocopa feminino. A goleira se destaca debaixo das traves, mas também possui uma bela história de superação fora dos campos.
O seu nome ganhou destaque no emocionante duelo contra a França (1-1). As alemãs jogaram 107 minutos, com prorrogação, com uma jogadora a menos, resistiram com uma grande atuação de Berger - incluindo uma defesa que ganhou o mundo, que mostramos abaixo.
Depois vieram os pênaltis e, ali, a goleira não brilhou menos: além de ter defendido duas penalidades, ainda converteu com sucesso a quinta, garantindo a classificação.
Não foi, de fato, uma situação inédita para Ann-Katrin. Nos Jogos Olímpicos 2024, a goleira tinha feito o mesmo, nas quartas de final, contra o Canadá (empate sem gols), demonstrando ser uma especialista nestas ocasiões.
"Sempre me senti muito confortável nos pênaltis. Enquanto goleira, não tenho qualquer pressão para defender. Nos 11 metros, as jogadoras de campo devem marcar, é uma baliza grande. É por isso que sou muito calma. Sinto-me num treino (...) A treinadora nunca tinha me visto bater um pênalti. Ela só sabia que eu me sentia confortável", explicou, numa entrevista ao The Women's Game.
O seu passado na base rendeu frutos. Afinal, nessa altura, Berge passou por todas as zonas do campo - ataque, meio-campo e defesa -, se firmando no gol apenas aos 16 anos.
Facilmente percebemos que falamos de uma das melhores da atualidade na sua posição. O seu currículo, de resto, fala por si. Afinal, foi a titular do Chelsea durante largos anos - foi campeã inglesa cinco vezes - e, agora, atua no Gotham FC, da NSWL, considerada a melhor liga do Mundo.
Dentro de campo, Berger brilha e já conquistou muitas e duras batalhas, mas nenhuma como as duas que a vida lhe trouxe fora de campo e esta, felizmente, superou com distinção.
Em novembro de 2017, quando representava o Birmingham City Ladies - que atuava na elite do futebol feminino inglês -, foi diagnosticada com câncer na tiroide, o que a afastou do futebol por mais de três meses. 76 dias depois, superou este problema, embora não de forma definitiva, e voltou a jogar a 10 de fevereiro de 2010, frente ao Everton (vitória por 2 a 0), na Women FA Cup. Não mais largou a titularidade.
Tornou-se uma referência na Inglaterra, mudou-se para o Chelsea em 2019 e começou a juntar às grandes exibições, os desejados troféus. Em 2021/22, conquistou mesmo o prêmio de melhor goleira do campeonato - teve 12 jogos sem sofrer golos.
Estava no auge da carreira, mas a vida colocou-lhe mais um obstáculo. Em 23 de agosto de 2022, um mês depois de ter ajudado a Alemanha a ficar em 2º lugar na Euro (perdeu na final para Inglaterra, por 2 a 1) - apesar de não ter realizado qualquer jogo no torneio -, Ann-Katrin anunciou que tinha novamente câncer na tiroide.
Desta vez, a recuperação foi ligeiramente mais rápida. Esteve um mês afastada dos gramados, mas voltou em 25 de setembro, num jogo frente ao Manchester City. Foi mais que a tempo de fazer a dobradinha nesse ano.
"O que aconteceu em 2022 é passado. Olho para o futuro e agora estou vivendo a minha melhor fase e estou numa semifinal", afirmou, depois da classificação nas quartas.
Na semifinal, vai defrontar a favorita Espanha - esta quarta-feira -, na busca pela vaga na final e mais uma gloriosa vitória na sua carreira.