Zerozero
·26 novembre 2024
In partnership with
Yahoo sportsZerozero
·26 novembre 2024
Muito se falou, aquando da saída de Amorim, que para este Sporting continuar imparável era só não mexer muito. Bem, parece que não é bem assim. Com um plantel jovem, uma equipa técnica a ganhar experiência, os leões precisam de tempo e, para já, perderam diante dos gunners, por 1-5.
Antes do jogo em si, espaço para uma pequena nota: o vulcão de Alvalade está vivo e fez-se sentir. Impressionante o ambiente no estádio antes do apito inicial, a fazer jus à ocasião. Um coro de vozes capaz de arrepiar qualquer um, até o mais desentendido dos adeptos.
Jogo grande, contra um tubarão inglês... Se na mente dos adeptos leoninos ainda respiram as memórias do tombo categórico ao Manchester City, a entrada neste jogo foi fotocópia. Entrada em falso, periclitante, com os ingleses a assumirem as rédeas e a marcar cedo - Jurrien Timber, colocou a bola entre a linha defensiva e Israel num cruzamento exímio, Gabriel Martinelli só teve de encostar.
Em desvantagem desde cedo e algo reticentes de si próprios, este era um teste de fogo ao estado anímico dos leões - agora, sem Ruben Amorim no banco.
O Sporting respondeu com algumas aproximações - as primeiras - à área de David Raya, mas sempre permitidas e controladas pelo conjunto inglês. Quando quiseram voltar a colocar o pé no acelerador, o 2-0.
Bukayo Saka, que sempre fez o que quis do corredor esquerdo - seja de Maxi Araújo, seja de Gonçalo Inácio -, chegou com facilidade à frente de Israel, chutou por baixo das pernas do guarda-redes e Kai Havertz só teve de confirmar.
Leão visivelmente ferido, num estado crítico e nunca visto em 2024/25. Jogadores vazios de esperança e uma plateia, que tantas vezes foi a muleta da equipa, cada vez menos paciente. O 0-3 parecia mais perto que o 1-2 e surgiu na pior altura. Em cima do intervalo, numa bola parada, Gabriel Magalhães apareceu de rompante e cabeceou sem dificuldades para o fundo das redes - para provocar, ainda festejou à Gyokeres em frente às claques leoninas.
Intervalo e... flashbacks da noite contra o Manchester City. O leão reentrou na partida com um golo. O desvio de Gonçalo Inácio, na sequência do canto, foi o suficiente para beliscar os milhares de leões na bancada, que daí em diante rugiram, rugiram e rugiram. Sporting de cara lavada no segundo tempo.
Viktor Gyökeres apareceu, finalmente, jogo. Começou a ser bem servido, a ganhar duelos e a ameaçar a baliza contrária. Nesse sentido, foi a pior altura, quando o 2-3 parecia possível, para Ousmane Diomande cometer uma grande penalidade.
Se, na mesma baliza, Erling Haaland atirou à barra há umas semanas, desta vez Bukayo Saka não desperdiçou. 1-4 no marcador, que ainda podia mudar, mas já não alterava o vencedor.
Nova boa resposta leonina, mas novo golo visitante. Na entrada para os últimos minutos, Leandro Trossard selou a goleada londrina - Gyokeres, numa arrancada das suas, ainda atirou ao ferro, mas de nada serviu: o Sporting caiu pela primeira vez na Liga dos Campeões.