
Gazeta Esportiva.com
·13 maggio 2025
Análise: trabalho de Cleber Xavier começa a mostrar sinais, mas Santos precisa de resultados

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·13 maggio 2025
Por Thais Bueno
O Santos apresentou evolução, é verdade, mas mais uma vez deixou a desejar no quesito resultados. Na noite da última segunda-feira, o Peixe ficou apenas no empate em 0 a 0 com o Ceará, no Allianz Parque, em jogo que fechou a oitava rodada do Campeonato Brasileiro.
O técnico Cleber Xavier optou por mandar a campo uma equipe com três mudanças em relação à derrota contra o Grêmio: Aderlan entrou na vaga de Luisão na lateral direita, enquanto Gabriel Bontempo saiu jogando no meio-campo. Já no ataque, Deivid Washington deu lugar a Tiquinho Soares.
As trocas promovidas pelo treinador foram somente de peças. A estrutura de jogo, portanto, seguiu a mesma. E o Peixe pareceu entender a necessidade de dar uma resposta à torcida, que levou um bom público ao Allianz. Até por isso, a equipe começou a partida no ataque, principalmente pelo lado esquerdo, com Soteldo.
Conforme os minutos foram se passando, entretanto, era possível sentir a ansiedade do Santos em campo – a pressão, afinal, não é pouca. O Peixe não conseguia impor seu jogo por dois motivos: muitas faltas, o que culminou em um duelo muito ‘picotado’, e pela defesa bem postada do Ceará.
As movimentações de dois jogadores do Santos chamaram a atenção. Soteldo e Rollheiser se movimentaram muito bem em todo o campo de ataque e até tentaram criar oportunidades claras para a equipe, mas não tiveram sucesso. Embora as movimentações tenham sido boas, elas não levaram a grandes finalizações no alvo.
Por outro lado, se o setor criativo do Peixe não teve grande exibição, a defesa se portou bem. O Ceará veio com a proposta de entregar a posse ao Santos e sair em velocidade nos contra-ataques. E apesar de leves sustos com bolas nas costas, a linha defensiva não falhou. Ao fim do primeiro tempo, a sensação que ficava é que, se o Santos acertasse o último passe, poderia sair ganhando.
Já na segunda etapa, a história mudou – pelo menos um pouco. A ansiedade por uma vitória mostrada no primeiro tempo parece ter dobrado, afinal, a equipe tinha só mais 45 minutos para evitar outro resultado ruim. E em meio à crise, o empate não é considerado bom, especialmente na condição de mandante.
A partida passou a ficar mais aberta, e o Santos, na ânsia de marcar um gol, começou a sofrer também na defesa. Pedro Raul, por exemplo, teve uma das melhores chances do segundo tempo em finalização cruzada de dentro da área, mas mandou para fora. O Peixe respondeu com Tiquinho, que quase marcou um bonito gol, mas parou em defesa de Fernando Miguel.
A partir dos 30 minutos, o Santos voltou a pressionar o Ceará, mas a falta de precisão no último passe e a falta de eficácia nas finalizações prejudicaram o time. Apesar do resultado não ter vindo, há de se elogiar a postura do Alvinegro Praiano, que seguiu martelando a defesa rival – ora com cruzamentos, ora com lançamentos, ora com triangulações.
No apagar das luzes, o Santos ainda contou com Brazão para salvar o empate. O goleiro fez grande defesa em lance cara a cara com Lelê e impediu a derrota da equipe. Considerando, portanto, o futebol apresentado e que ambos os times tiveram chances para marcar, o empate foi um resultado justo.
O trabalho de Cleber Xavier dá alguns sinais de que pode ir para frente, mas o que o Santos mais precisa, neste momento, são de resultados. E, até o momento, eles não vieram. O Peixe permanece na zona de rebaixamento e ocupa a vice-lanterna, com somente cinco pontos. Esse foi o quinto jogo consecutivo sem vitória.
Agora, a missão do treinador é tentar melhorar os problemas da equipe em mais uma semana livre. O Santos só retorna aos gramados neste domingo, quando encara o Corinthians, às 16h (de Brasília), na Neo Química Arena, pela nona rodada do Brasileirão.