A chamada de Farioli que fez Luuk de Jong vir para o FC Porto: “Fizeste-me chorar…” | OneFootball

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·9 agosto 2025

A chamada de Farioli que fez Luuk de Jong vir para o FC Porto: “Fizeste-me chorar…”

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Luuk de Jong deu uma extensa entrevista à edição deste sábado do jornal neerlandês AD, onde expôs as razões que o levaram, aos 34 anos, a deixar o conforto do PSV e da sua terra natal para rumar a Portugal e assinar pelo FC Porto.

“Procurava mais uma grande aventura, se tivesse de resumi-lo numa frase. Um regresso, espero eu, à vida de que tanto desfrutei, quando joguei por Barcelona e Sevilla. Fui para o Sevilla com 29 anos, ainda que, na temporada anterior tivesse vislumbrado o meu futuro no Bordeaux. O clube ainda disputava o principal escalão do futebol francês, já estava fechado, mas voltaram atrás, literalmente, no último minuto”, afirmou.


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“Não me senti inseguro após terminar contrato com o PSV. Estava convencido de que algo de positivo iria surgir. Já tinha feito saber ao PSV, com bastante antecedência, como me sentia quanto a isso. Simplesmente, queria saber o que é ser um jogador livre, no verão, pela primeira vez na minha carreira”, prosseguiu.

De Jong explicou que procurava um novo desafio, sobretudo num momento avançado da carreira, e que o mercado se movimentou tardiamente este verão — em parte devido ao Campeonato do Mundo de Clubes. Tinha, ainda, uma regra pessoal: só trocaria aquilo que valorizava no PSV por um projecto que conciliasse vida futebolística e familiar noutro lugar.

“Que tipo de desafios é que isso acarreta, especialmente, na minha idade? Bem, não tive muito para fazer, em junho e parte de julho [risos]. O mercado começou bastante tarde, este verão, penso que devido ao Campeonato do Mundo de Clubes. E também tinha uma regra clara para mim mesmo, em como só trocaria tudo o que tinha de belo no PSV por uma combinação de vida futebolística e familiar noutro sítio”, completou.

O avançado disse ainda ter recusado propostas da Major League Soccer: “Clubes da MLS fizeram abordagens, mas rejeitei-as. Há anos, ponderei jogar no México. Parecia-me uma grande aventura, mas, na altura, ainda não tinha filhos. Agora, com dois rapazes, de três e quatro anos, não quero estar do outro lado do mundo com uma parte da minha família e o resto aqui. Oito ou nove horas de viagens para nos vermos é demasiado”.

O telefonema de Farioli

De Jong atribui grande parte da sua opção pelo FC Porto a um contacto directo de Francesco Farioli, técnico que o defrontou na última época quando treinava o Ajax: “Ele ligou-me na última semana de julho, para falar comigo em nome do FC Porto. Eu fiquei surpreendido. Ele disse ‘Tal como no Ajax, aqui, tenho um plantel jovem, quase não há trintões. Tal como no Ajax, preciso de líderes'”.

“Ele vê a equipa como uma família. Acredita que, enquanto treinador, também tem de criar um ambiente fora do futebol. Por vezes, organizando uma saída em grupo ou algo assim. Isso agrada-me. Ele também disse ‘Na passada temporada, fizeste-me chorar ao conquistar o campeonato com o PSV. Espero que possamos ser felizes juntos, esta temporada.

Sobre a concorrência de Samu Aghehowa — jogador que considera ter “muito potencial” —, De Jong não se sente ameaçado: “Vocês sabem como é que Farioli trabalha. Toda a gente o viu, no ano passado, no Ajax. Enquanto avançado, somas bastantes minutos com ele, mas não jogas todos os jogos. Nesta fase da minha carreira, não é um problema. Em vez de correr sempre ao máximo, durante 90 minutos, podes correr ao máximo, durante 60 minutos. Ou até dar tudo durante 30 minutos, quando entras como suplente”.

Para terminar, o avançado contou como viveu a morte de Jorge Costa poucos dias depois da sua apresentação oficial no Estádio do Dragão, numa cerimónia que juntou adeptos e que antecedeu a vitória por 1-0 sobre o Atlético de Madrid: “Na altura, foi pura alegria, no estádio, mas, três dias depois, estás de pé no mesmo local, ao lado do caixão onde ele jazia. Nós passámos por lá, na quarta-feira, para prestar a nossa última homenagem, enquanto equipa, e também fomos ao funeral, na igreja. Foi muito intenso e triste. Ele era um ídolo do clube, com apenas 53 anos, e sentiu-se mal quando trabalhava no nosso centro de treinos”, rematou.

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