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·6 Januari 2025

Vítor Bruno: “É uma competição que queremos muito ganhar”

Gambar artikel:Vítor Bruno: “É uma competição que queremos muito ganhar”

A meia-final da Taça da Liga leva o FC Porto até Leiria para enfrentar o Sporting a partir das 19h45 desta terça-feira (SIC). Na véspera do clássico que “vai exigir estar a um nível muito elevado”, Vítor Bruno declara que “a expectativa é a mesma de sempre” e que o intuito é “vencer para chegar à final”. “São partidas com um carácter muito próprio”, explica o treinador, que se prepara para enfrentar “um Sporting à imagem do seu treinador” e que está confiante de que “em 96 horas é perfeitamente possível recuperar a fadiga dos jogadores”.

“Queremos muito jogar e ganhar, sabemos que será complicado, para o Sporting também será difícil, eles olharão para nós com total respeito, tal como nós o fazemos para o lado de lá, temos de entrar em campo com total determinação. Neste tipo de encontros, o talento não é suficiente, é necessário compromisso”, acrescenta o líder da equipa, para quem “um clássico sempre eleva o jogo a um nível de intensidade diferente, com um lado emocional muito evidente, são duas equipas fortes que gostam de se enfrentar e que se conhecem bem”.


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O único desígnio“A expectativa é a mesma de sempre num clube como o FC Porto. É uma competição que almejamos muito vencer, é um dos objetivos da época, que surge num momento em que a equipa está a atravessar uma boa fase. Gosto que a equipa mantenha um certo nível de desconfiança e que não se deixe levar em demasia pelo que tem sido alcançado recentemente, olhando com respeito e humildade para um adversário que é forte, que já defrontámos este ano, embora em circunstâncias diferentes, com outro treinador agora, mas que exigirá um nível muito elevado amanhã. É um dos objetivos da época, um jogo a eliminar, temos de vencer para chegar à final e é isso que queremos.”

Um capitão de regresso“O Marcano já está connosco há algum tempo, não sempre com total aptidão nos treinos, mas tem estado presente, é uma voz muito influente no balneário, as suas intervenções sempre acrescentam valor e é muito ouvido lá dentro. Está clinicamente apto e já pode contribuir sem qualquer reserva.”

Raio-X ao leão“Fizemos a nossa análise a partir dos jogos do Sporting contra o Benfica e em Guimarães e até do nosso jogo em Guimarães, quando o Rui Borges treinava o Vitória. Existem muitas semelhanças, vários padrões que se encontram em ambas as equipas, até há padrões que se mantêm desde o tempo do Sporting de João Pereira e de Rúben Amorim, embora haja alguns posicionamentos ligeiramente diferentes dentro de uma estrutura similar. Tentamos antecipar cenários, mas do que observámos nos jogos contra o Benfica e o Vitória, não houve grandes variações de comportamentos. Em um jogo sofreram mais golos, no outro não, houve momentos em que estiveram em vantagem, outros em que estiveram em desvantagem, mas isso faz parte do nosso trabalho e temos de compreender como o Rui vê as suas equipas e perceber que não há grandes diferenças entre o passado recente e o que está a tentar implementar no Sporting. Esperamos um Sporting à imagem do seu treinador.”

Calendário preenchido“Estamos a jogar ao quarto dia, se fosse ao terceiro dia poderia haver alguma vantagem por não termos jogado na Madeira, mas estes encontros são muito influenciados pelo lado emocional. São jogos com um carácter muito próprio, estamos a falar de um clássico onde as equipas revelam os seus níveis competitivos em alta escala e a fadiga acumulada tende a dissipar-se pelo contexto do jogo em si. Jogámos apenas 15 minutos no relógio, mas desses 15, jogámos apenas seis ou sete. A angústia de saber se vinhamos, de perceber se íamos apanhar o avião de regresso, de fazer a viagem e chegar aqui tarde, tudo isso não é agradável para nós e não queríamos que isso acontecesse. Acredito que não há vantagem da nossa parte, assim como não há vantagem do lado do Sporting, estamos a jogar ao quarto dia e em 96 horas é perfeitamente possível recuperar a fadiga dos jogadores.”

Análise detalhada“Fazemos sempre o mesmo para qualquer adversário, com uma base de dados que inclui sete ou oito jogos de cada um, e procuramos equipas que possam ter relação com a nossa para perceber o comportamento do adversário. Fizemos o mesmo com o Sporting de Rui Borges para saber se haveria uma grande diferença em relação ao Vitória. Estamos a falar de plantéis diferentes e de jogadores muito capazes, analisamos o coletivo para entender como o adversário se estrutura a defender e a atacar.”

FC Porto, Sporting, Benfica e SC Braga“Se perguntar a qualquer um dos quatro treinadores na Final Four, qualquer um quer vencer, mas apenas um será o vencedor, e os outros não ficarão com o resto da época hipotecado. A época é feita de fazeres e refazeres constantes, infelizmente no nosso meio a derrota pode estar presente, a vitória e o empate também. Temos de ter mecanismos para enfrentar as adversidades e esses mecanismos podem gerar sucesso se os analisarmos da forma certa. Queremos muito jogar e ganhar amanhã, sabemos que será complicado, para o Sporting também será difícil, eles olharão para nós com total respeito, tal como nós o fazemos para o lado de lá, temos de entrar em campo com tudo. Neste tipo de jogos, o talento não é suficiente, é necessário compromisso.”

Ainda a Supertaça“No final da carreira, creio que cada treinador reflete e revisita o seu palmarés individual, quantos títulos conquistou… eu compreendo este lado materialista para valorizar o que conquistamos ao longo do tempo, mas sou uma pessoa muito emocional, de relações e de vínculos. No futebol não devemos desconsiderar este fator, pois é isso que perdura, mas títulos são sempre títulos. Não sinto a necessidade de me impor de forma autoritária, quero que isso aconteça de forma natural e que as pessoas me vejam como uma referência que lidera pela competência, pela transparência e pela lealdade com os jogadores. Eles percebem isso de forma natural.”

Outro troféu em jogo“É importante. Está um título em disputa e o FC Porto tem de querer conquistá-lo.”

Os alicerces do sucesso“Os adeptos focam-se muito nos resultados, pois é o que é visível e palpável, é o que se pode extrair do que é realizado, uma vez que ninguém vê o nosso dia a dia no Olival, mas para mim o nosso dia a dia é o mais importante, é a base de tudo o que conseguimos alcançar. O trabalho tem de ser realizado de forma progressiva, sustentada e bem feita, com ideias concretas do que queremos. A Taça da Liga surge num contexto, com um formato diferente, com um caminho muito mais curto até à final. Fizemos um jogo e estamos na Final Four, temos um jogo amanhã que nos pode levar à final. Não me parece que o Sporting venha mais fragilizado por ter empatado em Guimarães, assim como não creio que seja um vencedor antecipado por estar em primeiro no campeonato, nem que nós tenhamos vantagem por termos um jogo em atraso. É uma competição muito especial, muito própria, com um formato muito peculiar, em que com dois jogos podemos conquistar um título se ganharmos a final. Olhamos para isso dessa forma, é um clássico e um clássico sempre eleva o jogo a um nível de intensidade diferente, com um lado emocional muito evidente, são duas equipas fortes que gostam de se enfrentar e que se conhecem bem.”

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