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·23 Desember 2024

Um presente envenenado

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Um presente envenenado. No último jogo em casa de 2024, o Vitória SC empatou com o Nacional (2-2), numa partida marcada pela falta de eficácia dos Conquistadores - algo que começa a ser apanágio -, pela possibilidade de ser o último jogo de Rui Borges em Guimarães e pelo golo tardio que deu o empate aos insulares.

Tomich aproveitou um erro de Mikel para inaugurar o marcador para os insulares, mas a reação caseira foi cabal. Tiago Silva empatou de grande penalidade e, a abrir o segundo tempo, foi Nuno Santos a remontar a partida, de forma justa, diga-se. No último suspiro, João Aurélio gelou o D. Afonso Henriques com o 2-2.


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Em Guimarães, o jogo começou bem antes do árbitro apitar. Os rumores que colocaram Rui Borges na rota do Sporting CP fizeram-se notar nas imediações do estádio. Os burburinhos ensurdecedores dos adeptos vitorianos, temendo a saída do timoneiro que levou o clube à recente figura europeia, foram bem claros.

Só contam as que entram

Dentro de campo, o Vitória não se deixou conturbar. A entrada vitoriana foi forte, colocando uma pressão fulgurante em cima dos insulares. Gustavo avisou logo desde início, mas o antigo colega de equipa Lucas França negou o golo.

Apesar das dificuldades iniciais, o Nacional aproveitou o primeiro erro adversário para picar o ponto. Mikel tentou antever a jogada - na experiência - e foi tramado por Dudu que, na velocidade, se antecipou e deixou Tomich com a baliza aberta para o primeiro golo do encontro.

O golo não abalou os Conquistadores, que voltaram a recuperar terreno e a ocupar o meio campo adversário. A atacar principalmente à direita, Alberto Baio foi figura. Fortíssimo a atacar a profundidade, assustou à primeira e, à segunda, usou a sua passada larga para se isolar, até ser derrubado por Zé Vítor, já dentro da área. De penálti, Tiago Silva nivelou as contas.

O restante tempo de primeira parte - cerca de 20 minutos - foi marcado pela falta de eficácia vitoriana. Samu, Alberto, Tiago Silva - atirou à barra, de livre -, todos tentaram mas a bola foi esbarrando na defensiva adversária. Como só contam as que entram, o jogo foi para o intervalo com a balança totalmente equilibrada.

Uma canção de embalar

Depois do primeiro tempo perdulário, foi a eficácia que marcou o início do segundo. No primeiro ´ataque´ vitoriano - recuperação em zona alta -, Kaio César assistiu majestosamente Nuno Santos para este finalizar com muita qualidade e bater o guardião adversário.

Com o golo da vantagem dos Conquistadores, o Nacional pareceu entrar e modo de sobrevivência. Os insulares começaram a partir o jogo e a jogar mais com o coração do que com a cabeça. Sem criar muito, a turma de Tiago Margarido deu vidas aos da casa para fecharem o jogo, mas estes continuaram perdulários no capítulo da finalização.

À medida que o relógio foi correndo, as equipas foram-se deixando embalar. O jogo perdeu interesse e o Nacional pareceu não ter pernas para reagir na fase final da partida. Eis que, de bola parada, João Aurélio - ex-Vitória - empatou a partida e gelou os mais de 17 mil vitorianos presentes no Castelo.

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