AVANTE MEU TRICOLOR
·21 Desember 2024
In partnership with
Yahoo sportsAVANTE MEU TRICOLOR
·21 Desember 2024
Ex-técnico tricolor 'deu uma forcinha' no mercado da bola (Buda Mendes/Getty Images)
RAFAEL EMILIANO@rafaelemilianoo
O São Paulo ganhou uma ajuda inesperada na tentativa de contratar o meia-atacante Oscar: Dorival Júnior.
O técnico da Seleção Brasileira, campeão da Copa do Brasil de 2023 pelo Tricolor, conversou com Oscar nos últimos dias e enfatizou que ele tem, sim, chances de ser convocado caso atue em alto nível no futebol brasileiro.
A informação foi revelada ao AVANTE MEU TRICOLOR por fontes ligadas ao comandante do selecionado nacional. Segundo elas, Oscar sondou com Dorival se poderia ter chances de voltar ao escrete canarinho no ciclo da próxima Copa do Mundo.
É mais um sinal positivo que Oscar recebeu ao sondar como ficaria o seu futuro caso aceite jogar no Tricolor.
O sonho de ter Oscar no São Paulo em 2025 segue muito vivo. Após o presidente Julio Casares confirmar em entrevista que o clube segue negociando com o meia, a torcida tricolor vem fazendo sua parte ao tentar convencer a família do jogador pelo retorno.
O mandatário tricolor manteve a negociação viva ao dizer que o São Paulo segue conversando com Oscar, e que agora a decisão da volta ou não do jogador depende apenas de decisão familiar (assista no vídeo abaixo).
Foi a deixa para muitos torcedores ajudarem como podem: lotando as redes sociais dos familiares do meia que estava na China com mensagens pedindo a ‘liberação’ de Oscar para o São Paulo.
Primeiro, Ludmila Emboaba, esposa do atleta de 33 anos, publicou um vídeo em suas redes sociais na noite desta terça-feira (17) dizendo que ‘estava lendo todos os directs que estavam mandando para liberar o Oscar para vir ao São Paulo’.
Já nesta quarta-feira (18), Ludmila voltou a fazer postagem sobre o assunto, agradecendo o carinho e dizendo que não está conseguindo ler todos os pedidos dos são-paulinos, mas está tentando. “Vocês são terríveis”, disse ela aos risos.
A irmã de Oscar, Gabrieli Emboaba, também teve seu Instagram ‘invadido’ por torcedores do São Paulo, e respondeu.
“Ainda não tem como dar certeza de nada, mas vamos aguardar que logo vocês saberão. Temos um carinho muito grande pelo time e pelos fãs”, postou Gabrieli, que apareceu com a cunhada em outro post, onde mostraram que estavam almoçando com Oscar.
Ainda nesta semana, o meia recebeu ‘pressão’ até de torcedores mirins do São Paulo, que o rodearam pedindo autógrafos a Oscar, e claro, que ele voltasse ao clube do Morumbi.
O CASO
Aos 18 anos, Oscar entrou na Justiça contra o São Paulo no dia 18 de dezembro de 2009. Ele alegou que, quando tinha 16 anos, foi coagido pela diretoria tricolor a assinar por cinco anos, o que é proibido pela Fifa, que permite renovações de, no máximo, três anos - quando o atleta é formado pelo próprio clube. O Tricolor alega que Oscar conseguiu sua emancipação e, por isso, firmou um contrato com período maior. O meia ainda reclamou de estar com os salários e FGTS atrasados desde setembro de 2008.
Em primeira instância, Oscar foi vitorioso e conquistou a liminar que o tornava dono dos próprios direitos federativos. Menos de uma semana após, o São Paulo conseguiu cassar essa liminar, o que fez com o que contrato do atleta, que acaba em dezembro de 2012, voltasse a ter validade.
Oscar e o São Paulo passaram cerca de seis meses entre tentativas de acordo e disputas judiciais. Em junho de 2010, o meia conseguiu a liberação de seu vínculo e assinou com o Internacional, clube que pagou 3 milhões de euros (R$ 7,2 milhões) por 50% dos seus direitos federativos.
O Tricolor, então, entrou com várias ações até que, no dia 8 de fevereiro, em decisão da 16ª Vara do Trabalho de São Paulo, o atleta voltou a ter vínculo com o time paulista.
Foi então que o Internacional se mobilizou e procurou o Tricolor para tentar colocar um ponto final na questão. Os gaúchos fizeram duas propostas: R$ 8 milhões e mais 10% dos direitos federativos ou R$ 10 milhões pela cessão de 100% dos direitos. Nenhuma das duas foi aceita pelo clube do Morumbi que, em determinado momento, se manifestou e estipulou o passe do atleta em R$ 17 milhões. No dia 27 de abril daquele ano, Oscar conseguiu um habeas corpus para que pudesse voltar a jogar, o que não acontecia desde o dia 17 de março. O ministro Guilherme Caputo Bastos, que concedeu o habeas corpus, realizou uma nova audiência de conciliação e chegou-se então ao valor que agradou a todas as partes.
Após meses de negociação, as partes chegaram a um acordo e bateram o martelo por R$ 15 milhões, que corresponde à multa rescisória do contrato do atleta (estipulado em R$ 9,5 milhões), acrescido de juros e de uma indenização pedida pelo clube do Morumbi por perdas e danos pelo período de litígio.