São Paulo aproveita rival em crise, faz o 'arroz com feijão' e reencontra vitórias para voltar ao G-4 do Brasileirão | OneFootball

Lucas festeja o tento redentor: Tricolor se recupera (Guilherme Veiga/Uai Photo)

RAFAEL EMILIANO@rafaelemilianoo

O Grêmio está afundado na zona do rebaixamento. E, para aumentar o drama, foi ao gramado do Morumbi sem o seu técnico: Renato Gaúcho acabou barrado pelos médicos por conta de uma forte gripe.

Indícios não faltavam para a torcida acreditar que a noite do Tricolor seria de recuperação. E de fato a vitória veio: 1 a 0 sobre os gaúchos. Mas a partida válida pela 17ª rodada do Campeonato Brasileiro deixa um gosto de quero mais no paladar são-paulino.

Sim, Lucas marcou o tento logo na primeira grande chance do jogo. Aos 9, Ferreirinho costurou pela esquerda e cruzou, Rodrigo Ely tirou e o rebote sobrou para Alisson, que encontrou o camisa 7 para, da ponta da área, chutar cruzado e acertar as redes.

Mas o gol inicial só fez aumentar as ilusões. O que se viu no restante do primeiro tempo foi um São Paulo dominante, de muita ocupação do campo e quase sem deixar o adversário articular. Faltou, contudo, algo essencial: o gol.

E houve chance para mais. Aos 16, Arboleda subiu para cabecear escanteio e a bola tocou o travessão após desvio do arqueiro gremista. Depois, aos 30, novamente Ferreirinha recebeu pela esquerda e encontrou Bobadilla, que arriscou de longe e viu o lance passar perto.

Sem conseguir construir direito e muito menos levar algum perigo mais concreto ao visitante, que parecia extremamente acuado no estádio onde não vence desde 2013, o São Paulo parece ter mostrado ao adversário que a noite não era lá assim tão assustadora. E assim o Grêmio se recolocou no jogo.

Aos 43, Pavón recebeu passe enfiado pela direita, invadiu a área, cortou a marcação e viu a bola passar muito perto das metas de Rafael.

O lance solitário no fim do primeiro tempo acabou sendo um prenúncio de como as coisas se complicaram para o Tricolor na etapa final. Logo aos 7 da etapa final, Alisson prendeu o tornozelo ao tentar tirar uma bola da defesa e precisou ser substituído. E o que se viu foi a abertura de um buraco nas defesas tricolores que permitiu um crescimento considerável dos visitantes.

Aos 10, a defesa são-paulina cortou mal uma bola defesa e o rebote ficou para Dodi, que chutou mal, nas mãos de Rafael. No minuto seguinte, o mesmo volante gremista aprontou de novo. Arrancou pela esquerda, deixou Ferraresi sentado com o drible e cruzou na medida para Carballo testar para fora.

Aos 14, a grande chance perdida pelos gaúchos. Reinaldo driblou Arboleda com extrema facilidade e achou Dodi (de novo), que tentou a finalização dentro da área e acabou travado. A bola, contudo, ficou com Soteldo, que livre de marcação e com o goleiro batido chutou para fora.

A marcação do primeiro tempo já era uma vaga lembrança, o São Paulo tentava preencher os espaços como dava, mas ao menos conseguiu voltar a articulação buscando o ataque.

Assim, aos 18, após Rafael fazer excelente defesa em finalização de Pavón, o clube do Morumbi acordou e respondeu. Luciano aproveitou cruzamento de Wellington Rato e finalizou bem, para boa defesa de Marchesin.

Na reta final do jogo, o toma lá de cá continuou em um ritmo menos frenético, é verdade, mas que acabou sendo mais proveitoso para a manutenção do placar ante um Grêmio que mostrou os motivos pela má fase que vive. Galoppo perdeu gol feito na cara do gol. Mas os visitantes tiveram chances mais concretas, com Soteldo e Rodrigo Ely, insuficientes para mexer no placar.

Nada supera, contudo, André Silva, que saiu sozinho em contra-ataque, ainda tinha a opção de tocar para Ferreirinha, mas arriscou o chute e perdeu a maior das chances de gols perdidas na fria noite no Morumbi. E nos acréscimos ainda houve tempo para Igor Vinícius ser expulso, por cera.

Com a vitória, o Tricolor volta ao G-4 do Campeonato Brasileiro. Chega aos 30 pontos, na quarta posição. Na próxima rodada o adversário será o Juventude, domingo (21) em duelo que acontecerá em Brasília (DF) pelo fato dos gaúchos terem vendido o mando de campo.