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·26 Desember 2024
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Depois de alguns dias de negociações, Rui Borges foi apresentado oficialmente como o novo treinador do Sporting. O timoneiro, que estava no Vitória SC, substitui João Pereira no comando técnico leonino, que viu o seu despedimento ser tornado público durante a noite desta quarta-feira.
Em declarações aos jornalistas presentes no Auditório Artur Agostinho (depois de Frederico Varandas começar a apresentação), Rui Borges falou sobre diversos tópicos relacionados com a esfera verde e branca. O timoneiro agradeceu as palavras de Frederico Varandas, desvalorizou o momento 'negativo' da equipa e explicou que só pensa no jogo com o Benfica.
Frederico Varandas: «Agradecer ao presidente pelas palavras e pela confiança, acima de tudo. Queria deixar um recado de enorme apreço a todos do Vitória SC, não me esqueço de tudo o que fizeram. Um obrigado muito grande, especialmente aos adeptos. Agora, está na altura de um novo desafio. Estamos [equipa técnica] felizes e orgulhosos. Não tenho palavras para descrever o que tenho sentido nos últimos dias, intensos, mas felizes. Ansioso para trabalhar. O futuro é o risonho.»
Interesse do Sporting: «Suposto jantar com Hugo Viana? Nunca existiu. Seria uma falta de respeito para com o Vitória SC. A primeira vez que soube do interesse foi no dia do encontro com o Nacional, através do meu representante. Foi muito rápido e intenso. Não posso dizer mais nada porque foi isso que aconteceu.»
Momento de forma: «Não olho para o momento como delicado. O clube está em todas as frentes. Estou muito feliz por representar o campeão nacional, foi para isso que a equipa técnica trabalhou. Foi isso que nos trouxe até aqui. O que prometo é trabalho (...) O momento para mim é o certo. Sou muito positivo, acredito que as coisas têm de acontecer quando têm de acontecer.»
Formação tática: «A parte tática é muito subjetiva. Se olharem para as nossas equipas ao longo das temporadas, têm muitas mutações. Não deixaremos de ser a equipa técnica que fomos até agora. Se puxarem a fita atrás, mais concretamente no Vitória SC, podem perceber que construíamos com três defesas, sim, mas com o médio... É sempre subjetivo. É apenas uma estrutura num momento inicial que depois proporciona muitas coisas. Não deixarei de ser o Rui Borges.»
Calendário apertado: «Grandes jogos, é isso que nós queremos. Olho sempre para o próximo adversário [Benfica] de forma simples, a mais séria possível, independentemente de quem seja. O 'presente envenenado' não faz sentido nenhum na minha cabeça, estou feliz, encontro-me no atual campeão nacional. Queremos acrescentar valor e troféus ao Sporting. Foi o melhor presente de Natal que podia ter tido.»
Plantel: «Olho para o plantel e é o melhor plantel. Este momento não é o certo para falar do mercado de janeiro. Vamos ser competentes com os jogadores que temos, é isso que nos identifica enquanto equipa técnica. (...) Eu gosto de perceber os jogadores. Sou uma pessoa de sentimentos, gosto de conversar, conhecer a personalidade e caráter de cada um. No que se sentem mais confortáveis, menos. O meu foco é esse, ninguém é melhor do que ninguém, estamos a aprender todos os dias.»
Comparações com os antigos técnicos: «Tudo é diferente. Conheço pouco o Ruben, por quem tenho muito apreço. Tem uma forma de comunicar excelente, no entanto, não tento imitar ninguém. Ninguém se deve comparar a ninguém, faz parte. Penso que sou um bom líder à maneira. Vou tentar ser eu próprio. Sou de Trás-os-Montes com muito orgulho.»
Sucessão a Ruben Amorim: «Concordo com o presidente. Quem entrasse, fosse o João ou outro, iria ter aqui algum desconforto. Daquilo que observamos, poderia haver uma quebra emocional nítida. Não me posso alongar porque estava de fora. Uma coisa é estarmos fora, outra é estar cá dentro e perceber as coisas de outra forma.»
Falta de opções no meio-campo?: «Se puxarem a fita atrás, vão perceber que eu sou treinador, não estou aqui para me lamentar. Estou aqui para arranjar soluções, nunca me ouviram queixar do que quer seja. Há tempo para trabalhar, existem adaptações para tudo. Temos de ser capazes de lidar com alguns desvios no nosso trajeto.»