Presidente do São Paulo não joga a toalha por Oscar, mas admite dificuldades | OneFootball

O presidente do São Paulo, Julio Casares, ainda não “jogou a toalha” em relação à contratação de Oscar. O meio-campista, revelado pelas categorias de base do clube, é um sonho da alta cúpula tricolor para 2025, e, embora as tratativas não tenham evoluído a ponto de o otimismo tomar conta do Morumbi, a possibilidade de ele voltar ao clube não está completamente descartada.

O retorno de Oscar ao São Paulo é visto com certo receio pelo fato de a partir de 2025 o clube ter de seguir uma série de imposições relacionadas à política de governança financeira feitas pela Galápagos Capital, gestora do FIDC (fundo de investimento em direitos creditórios) lançado pelo Tricolor, que receberá R$ 240 milhões para equilibrar seu fluxo de caixa.

A contratação de Oscar iria na contramão da política de austeridade financeira que o São Paulo terá de seguir, uma vez que o atleta, atualmente no Shanghai Port, da China, tem um alto salário e teria de se adequar à realidade financeira do clube, que não é nada boa. O presidente Julio Casares, entretanto, acredita que é possível encontrar um denominador comum para viabilizar a operação.

“O Oscar tem realmente um vencimento muito alto, mas vai depender de uma equação orçamentária. Saem alguns jogadores, entram outros salários, isso depende de reajuste. Claro que a gente sempre olha parceiros que podem ajudar, mas no caso do Oscar tive dois contatos, pessoal do futebol tem falado bastante com ele, e o que vejo agora é uma decisão familiar. O fundo fala de um teto, se ele ficar dentro de um teto, está tudo certo”, disse o presidente.

Mais do que a parte financeira, a decisão da família de Oscar sobre o próximo passo de sua carreira é o grande entrave nas negociações com o São Paulo. De acordo com o presidente Julio Casares, a preferência da esposa e filhos do jogador não é um retorno ao futebol brasileiro.

“Nós não temos [uma posição]. Sabemos dessa questão familiar, que prefere um outro centro, isso é uma decisão pessoal do atleta. Para nós não chegou negativa nenhuma. Ainda não tivemos uma posição. Certamente ele vai conversar com os empresários dele e com a família antes de dar uma posição, que pode acontecer agora neste período entre Natal e Reveillon”, completou.

Após oito anos na China, Oscar fez sua última partida pelo Shanghai Port no dia 3 de dezembro e, assim, está livre no mercado. Nesta temporada, a melhor desde que chegou ao clube, marcou 16 gols e anotou 29 assistências em 39 jogos.