Zerozero
·2 Februari 2025
In partnership with
Yahoo sportsZerozero
·2 Februari 2025
Num jogo de erros e reboliços, o Benfica levou a melhor sobre o vizinho Estrela da Amadora, venceu por 2-3, com direito a luta até final, e não deixou o líder Sporting fugir ainda mais na classificação.
A Reboleira era palco da receção ao Estrela da Amadora ao vizinho Benfica. Do lado tricolor, o treinador José Faria promovia três alterações no onze titular, chamando os reforços Chico Banza e Amine Oudrhiri, além do ex-Benfica Ferro. Por sua vez, no Benfica, Bruno Lage promovia três alterações, com destaque para a titularidade do reforço Manu Silva, além dos regressos de Carreras e Akturkoglu.
O Estádio José Gomes estava pelas costuras para este duelo, com boa mancha dos adeptos caseiros, mas fortemente populado por simpatizantes do Benfica, servindo para a «construção» temporário de um mini estádio da Luz. Dentro de campo, o Benfica sentiu esse forte apoio e entrou forte na partida, conseguindo contrariar a pressão alta do Estrela na construção a partir de trás - Kokçu baixava para ajudar nesse processo -, e precisou de apenas seis minutos para fazer o 1º, por Otamendi, na sequência de um canto.
Mas não se ficou por aqui e, apenas quatro minutos depois, fez o 0-2, novamente numa bola parada, agora numa infelicidade de Dramé, que colocou a bola na própria baliza, ao tentar impedir o remate de Pavlidis, após livre de Di María na esquerda. Perante esta desvantagem, o Estrela reagrupou e organizou-se, especialmente nas bolas paradas, baixando linhas. O Benfica tinha a iniciativa total e ia controlando bem o miolo - com vantagem numérica -, onde Kokçu e Manu Silva - sereno na estreia e diferenciado com bola - iam mandando.
Apesar do Benfica estar por cima - com a esquerda ativa e associativa -, o Estrela da Amadora deu ares de sua graça e, aos 28', o jovem Diogo Travassos tirou um «coelho da cartola»: deambulou da direita para o meio, driblou um adversário e rematou cruzado para o 1-2 (um toque de Otamendi enganou Trubin). A festa dos adeptos foi imensa e o jogo parecia relançado inesperadamente, mas o Benfica foi rápido a responder e, aos 34', Manu Silva, com um corte, isolou Pavlidis na direita da área, que encheu o pé e fez o 1-3.
Tudo parecia relativamente fácil para o Benfica, que criava com facilidade quando acelerava e ligava pelo miolo. De resto, em cima do intervalo, Akturkoglu podia ter ampliado, mas, aproveitando um erro de Ferro, rematou à barra.
O Benfica parecia bastante confortável na partida, mas não podia ter pedido pior arranque de 2ª parte: aos 50', Trubin colocou na frente, Pavlidis tentou receber, mas a bola acabou a ir para a área do Benfica. Aí, apareceu Chico Banza, que contornou Trubin e fez o 2-3. O Estrela, e a Reboleira, respondeu bem a este tento e o ritmo de jogo acelerou claramente, o que beneficiava um mais atrevido Estrela. Com o jogo mais partido, a imprevisibilidade aumentava.
Perante isto, para controlar melhor o miolo e dar verticalidade, Bruno Lage colocou em campo Leandro Barreiro e Schjelderup - saíram os desgastados Di María e Kokçu. O jogo esteve algo descaracterizado algum tempo, mas o Benfica foi tentando gerir o ritmo com bola, para não cair no desejado pelos da Amadora. Os minutos passavam e os adeptos de ambas as equipas eram incansáveis e iam combatendo o forte frio lisboeta na noite de domingo, tentando galvanizar a respetiva equipa para uma ponta final que podia cair para qualquer lado.
Com a responsabilidade do seu lado, o Benfica tentou continuar essa gestão, embora Bruno Lage tenha apontado para a frente ao fazer entrar Arthur Cabral e Amdouni. Numa transição, a dupla esteve em bom plano e o brasileiro ganhou grande penalidade, por mão na bola de Dramé, aos 85', mas o próprio falhou na cobrança e só fez o nervoso crescer mais.
O Estrela bem insistiu na compensação e até obrigou o Benfica a sofrer e recolher-se, mas as águias aguentaram até final e seguraram os importantes três pontos.