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·18 Desember 2024

Papel, caneta e papo sobre o Corinthians: Marcos Braz revela bastidores da contratação de Vítor Pereira

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Vítor Pereira comandou o Flamengo por apenas 16 jogos em 2023, mas a passagem deixou marcas nos torcedores devido à expectativa criada — e não cumprida. Em um ano que se anunciava vitorioso, com uma série de competições a disputar, o Rubro-Negro passou em branco e não levantou uma taça sequer.

Na época, a contratação gerou polêmica, pois Vítor deixou o Corinthians alegando problemas pessoais — entre eles, uma questão de saúde da sogra. Em entrevista ao jornalista Benjamin Back, Marcos Braz defendeu o treinador e explicou como foi o processo de convencimento do português, que durou quatro meses no cargo em 2023.


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"Nunca tinha ligado para ele. Esse [questão da sogra] era o maior problema para trazer o Vítor Pereira. A mídia é injusta quando fala que existia a possibilidade de a gente ter conversado antes e ele ter falado isso. Não procede. Algumas pessoas de São Paulo que me conheciam, e conheciam o Vítor, não acreditaram que ele iria para o Flamengo pela passagem dele pelo Corinthians, e também por ele ter falado isso da sogra. O que eu fiz? Eu disse: 'Fala com o Vítor que não tem problema nenhum, se ele está pensando, se não quiser vir. Só quero jantar com ele'. Só isso", revelou Braz.

A reunião

Segundo Braz, o início do que viria a ser uma proposta só aconteceu depois que os dois falaram profundamente sobre o trabalho de Vítor no Corinthians. O agora ex-dirigente do Flamengo, então, perguntou sobre a possibilidade de defender outro clube.

"E é muito difícil alguém não querer jantar com um dirigente do Flamengo. Não falei que queria trazê-lo, que queria dar uma proposta. Só queria jantar com ele. Fui jantar em São Paulo, em um quarto de hotel fechado, sem ninguém saber, e falando do Corinthians. Do tamanho, da pressão, fiquei falando só de Corinthians com ele. Em determinado momento, falei: 'Vítor, e se tivesse a possibilidade de você ir para outro clube?'", questionou.

Papel e caneta

Segundo Braz, a tática foi colocar um pedaço de papel e uma caneta na frente do treinador. Em seguida, o dirigente pediu para que Vítor escrevesse todos os títulos que o Flamengo disputaria em 2023. Assim, aos poucos, Marcos foi convencendo o português de que valeria a pena abraçar o projeto.

"Pedi uma caneta e um papel. Coloquei na frente dele e falei: 'Escreve aí, Vítor, o que a gente vai disputar esse ano'. Perdemos tudo, mas perguntei: 'Vê o que a gente vai disputar esse ano'. Supercopa do Brasil, Mundial de Clubes, Recopa, Campeonato Carioca... O Flamengo ia disputar sete títulos. 'Você não quer participar desse projeto?'", disse ao português.

Negócio fechado

Mesmo assim, Vítor pediu um tempo para pensar. Durante uma viagem do português para a Bahia, que aconteceu logo depois da conversa entre os dois, Braz e Pereira se encontraram e selaram o negócio.

"Aí, comecei a trazer ele devagarinho. Ele disse que precisava pensar. Achei que ele fosse ficar em São Paulo pensando. No outro dia, uma pessoa ligada a ele disse que ele ia viajar para a Bahia e estava pensando. Dois dias depois, eu estava no hotel dele na Bahia. E ele foi contratado", explicou.

A contratação, porém, não rendeu frutos ao Flamengo. Em 16 jogos, Vítor perdeu a final do Carioca para o Fluminense com direito a um 4 a 1 no jogo de volta, depois de vencer por 2 a 0 na ida. Além disso, foi derrotado na final da Recopa Sul-Americana para o Independiente del Valle, do Equador.

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