Opinião: Fantasma da bola aérea precisa ser exorcizado do Vitória e do trabalho de Fábio Carille | OneFootball

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Os números não contam toda a história, mas ajudam a entender problemas pontuais de um time. No caso do Vitória sob o comando de Fábio Carille, um ponto chama atenção e precisa ser corrigido com urgência: a bola aérea. A equipe tem mostrado fragilidade nesse tipo de jogada, tanto na defesa quanto no ataque, o que preocupa cada vez mais a torcida.

Em seis jogos sob o comando de Carille, o Vitória sofreu seis gols. Quatro deles saíram em jogadas aéreas — um dado que escancara uma falha recorrente e perigosa. Veja os principais lances:

Além dos gols sofridos, o Vitória também esteve perto de levar outros em jogadas semelhantes. No fim do jogo contra o Red Bull Bragantino, a equipe quase levou o empate em um chute de Isidro Pitta após cruzamento. Situações parecidas aconteceram diante de Botafogo e Mirassol, mostrando que o perigo ronda a área rubro-negra praticamente em todas as partidas.

O problema parece ser coletivo e vai desde falhas de posicionamento até pouca agressividade na disputa da bola. A cada escanteio ou cruzamento rival, a tensão aumenta — e os números comprovam que isso não é exagero.

Mas não é só na defesa que o Vitória precisa melhorar. Se sofre com bolas aéreas, também precisa aprender a usá-las a seu favor no ataque. Melhorar o aproveitamento em escanteios, faltas e cruzamentos ofensivos pode ser uma maneira de equilibrar a balança e conquistar pontos importantes.

Carille tem um desafio claro pela frente e precisa ajustar a defesa para não ser mais tão vulnerável nas bolas altas e, ao mesmo tempo, fazer com que o time aproveite melhor essas situações no ataque. Em um futebol cada vez mais decidido nos detalhes, a bola aérea pode fazer a diferença entre vencer ou perder. E, no caso do Vitória, essa pode ser a chave para a recuperação na temporada.