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·15 November 2024
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1- O FC Porto apresentou uma emissão de obrigações no valor de 115 milhões de euros como uma operação de grande sucesso financeiro. Todavia, é preciso notar que esta operação não vai permitir ao clube diminuir o passivo, pelo contrário, vai aumentá-lo. Só em juros, ao longo dos 25 anos de duração do empréstimo, o clube terá de pagar 80 milhões de euros. Serão 6.5 milhões de euros/ano.
2- Evidentemente que esse dinheiro permitirá ao FC Porto resolver problemas mais urgentes de tesouraria e pagamentos mais urgentes a fornecedores. Mas não é nenhum milagre de gestão financeira, nem tão pouco resolverá muitos dos problemas que a gestão anterior criou. Uma delas, a antecipação de quase todas as receitas importantes.
3- Outra questão prende-se com a duração do contrato. Serão 25 anos, muito acima do limite temporal do mandato de Villas Boas como presidente do FC Porto. O que contraria uma das maiores bandeiras eleitorais do então candidato, que criticava os atos de gestão da direção de Pinto da Costa que iam para além da duração dos seus mandatos. Os 115 milhões de euros estão a ser apresentados como um milagre de gestão, mas todos sabemos que na área financeira não existem milagres.
4- Ninguém coloca 115 milhões de euros sem contrapartidas e sobretudo garantias de que, em caso de incumprimento, os seus interesses estão acautelados. Em nome da transparência que André Villas Boas tanto apregoa, seria importante que a direção do FC Porto declarasse, aos sócios do clube, quais foram as garantias que apresentou, quando se sabe que a sad tem as receitas praticamente todas antecipadas. Estaremos a falar de passes de jogadores?
5- E as comissões do negócio? Sendo Villas Boas um dirigente tão preocupado com a questão das comissões em torno das transferências de jogadores, seria igualmente importante que declarasse o valor das comissões deste negócio e quem beneficiarão. De acordo com informações prestadas por alguma comunicação social, estaremos a falar de um valor acima dos 600 mil euros anuais.
5- Se financeiramente, a direção do FC Porto consegue ganhar algum tempo mas sem resolver nenhum dos problemas estruturais que afeta o clube e a sad, desportivamente, o FC Porto vive uma crise que a derrota no estádio da Luz agudizou. De acordo com a generalidade da imprensa, uma nova derrota no próximo ciclo de jogos do FC Porto, determinará a demissão do treinador Vitor Bruno.
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