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·10 Juni 2025
Noah Okafor: analista elogia valências, mas faz ressalvas

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·10 Juni 2025
Okafor no Flamengo é possibilidade que surgiu na imprensa internacional. O clube estaria negociando para ter o atacante do Milan na sequência da temporada. Mas o jogador gera incertezas.
Isso porque, apesar de ter apresentado bom futebol no auge, o suíço enfrenta muitos problemas físicos, o que travou sua ascensão no Milan e no Napoli, onde jogou por empréstimo por cerca de apenas 50 minutos.
O analista tático Raphael Rabello, do canal Falando de Tática, traz esse detalhe, mas avalia Okafor no auge, quando atuou no futebol austríaco.
"Momentos do Noah Okafor no Salzburg. Foi o momento que ele conseguiu desempenhar um bom futebol com regularidade porque estava saudável. Quando está com ritmo, como pode desempenhar", mostra.
Primeiro, ele explica seu posicionamento: "O Noah é, majoritariamente, ponta-esquerda. Pode fazer um 9 de mobilidade, pode jogar pela direita, mas atua pela esquerda. Ganha duelos em força, tapa longa, mas também sabe trabalhar no espaço curto. É completo".
A principal característica exaltada pelo analista é o um contra um muito apurado que o jogador possui.
"Técnica para o X1 muito apurada. Domina, percebe que tem espaço às costas do opositor direto. A forma como ele vence um para um. Domina a bola, já se coloca em uma situação de enfrentamento, fica de frente para o seu opositor. Os pés ficam à frente. É habilidoso, veloz. Dá o tapa, leva para o fundo", inicia.
A técnica de Okafor para conseguir vencer as disputas no drible é destrinchada.
"Técnica para vencer 1x1. Gera dúvida no opositor, é muito bom em tirar o centro de gravidade do adversário. Ele balança, fica de frente e o adversário perde. É nisso que ele dá o tapa e vence o x1", avisa.
A força também é essencial para vencer o x1.
"Controla muito bem a distância que ele tem para o opositor, gera muita vantagem também. É muito forte nesse tipo de jogada. Ganha em força, sustenta em pivô, ganha profundidade e cruza (...) Recebe por dentro. Sustenta muito no pivô, tem técnica e força para vencer esses duelos", completa.
Outro ponto abordado por Raphael Rabello é a facilidade de levar para o fundo ou trazer para o meio. Ele explica que o atual elenco não tem isso, o que prejudica o Flamengo nos ataques, deixando as jogadas mais previsíveis.
"Ele leva essa bola para o fundo para poder cruzar com a canhota. Isso, os pontas do Flamengo não fazem, e sinto falta disso. Os pontas trabalham e pé trocado e têm que fazer as duas jogadas. Levar para o fundo para cruzar com o pé não dominante, e também trazer para dentro para finalizar. O que vejo, tirando alguns momentos do BH, trazer muito a bola só para dentro. Tem que levar ao fundo também para confundir o marcador", analisa.
O drible é muito citado pelo analista, e Okafor saudável deixaria o Flamengo ainda mais agressivo.
"Ameaça o cruzamento, o adversário hesita, coloca os pés para trás. É o momento que ele percebe que pode dar o tapa e cruza bem. Bate bem na bola", avalia.
O domínio de bola também é importante no jogo de Okafor.
"Domínio assertivo, já girando. Ótimo domínio de bola e, por isso, consegue trabalhar por dentro. Muito entendimento dos espaços também", comenta.
Os duelos de força também são exaltados.
"Também sabe fazer esse jogo de costas, de pivô. Até por isso joga mais por dentro, como segundo atacante ou até como um 9. Sustenta bem esses duelos, faz o domínio, fica de frente para o opositor. É assim que se sente confortável e vence os duelos. Leva a bola ao fundo, drible em força", conclui.
A análise foi feita com base nos lances de Okafor no Salzburg, quando estava no auge. O problema é que o atleta enfrentou diversos problemas físicos desde então e nunca mais foi o mesmo.
"Em forma, é um bom jogador. Joga por dentro, por fora, joga em força, joga curto. Ele é bom. Bastante qualificado. Só que tem um grande anterístico: histórico de lesões, é muita coisa. Desde lesão no dedo do pé até dor de dente. Problemas musculares recorrentes. Fadiga. Não teve muitas lesões graves a não ser essa fratura do metatarso. Ficou fora 98 dias. Ruptura muscular também. Foi. Ele estava acima do peso", comenta.
O grande ponto é que o jogador sempre precisa recuperar o físico por conta das lesões frequentes. O analista chega a cornetar o Flamengo pela tentativa.
"Ele estava vindo de lesão, faz sentido que estivesse fora do peso. Ele está sempre se recuperando de lesão, buscando estar em forma. É um contrassenso o Flamengo buscar um jogador que tem esse histórico de lesões. Fica uma leve corneta ao José Boto. Tem que buscar jogadores mais saudáveis que aguentem nosso calendário", conclui sobre Okafor no Flamengo. Veja a análise completa abaixo.