Nehuén Pérez em destaque na revolução defensiva do FC Porto | OneFootball

A temporada de estreia de Nehuén Pérez ficou aquém das expetativas e, no início da época 2025/26 do FC Porto, pairava a dúvida sobre qual seria o seu estatuto, sobretudo após a renovação no eixo defensivo com as saídas de Marcano, Tiago Djaló e Otávio e as entradas de Bednarek e Prpic.

Após dois encontros sob a orientação de Francesco Farioli, os primeiros sinais são encorajadores para Nehuén Pérez. Em ambos os jogos foi titular e justificou a confiança, exibindo um desempenho que ajudou a equipa a conservar a baliza inviolada.

Esta nova faceta abre a porta a uma segunda oportunidade no FC Porto e permite-lhe afirmar-se perante uma concorrência renovada, num momento em que surge também uma nova hipótese de reforço: Jakub Kiwior.

O internacional polaco do Arsenal está na órbita da SAD portista e, se se transferir para os Dragões, constituirá uma contratação de peso que poderá alterar por completo as opções para a retaguarda azul e branca.

Enquanto essa mudança não se concretiza, Nehuén Pérez vai somando argumentos para assegurar definitivamente o lugar. Quem acompanhou o seu rendimento em 2024/25 e observou os dois primeiros desafios de 2025/26 nota transformações em vários aspetos, refletidas diretamente nos números.

No capítulo defensivo, onde sobressai a sintonia com Bednarek, o argentino melhorou as estatísticas, com aumentos na média de alívios, desarmes ganhos e recuperações de bola.

Além disso, o novo nº 18 dos Dragões tem-se destacado na construção de jogo, mostrando maior participação e uma atitude mais ponderada e menos errática.

Em comparação com as médias no campeonato de 2024/25, Nehuén Pérez elevou o número total de passes, os passes certos e a percentagem de entregas bem-sucedidas. As diferenças são notórias.

As elevadas expetativas em torno de Nehuén Pérez estão, em grande parte, ligadas ao investimento feito pelo FC Porto na sua contratação. Numa primeira fase, os Dragões pagaram à Udinese 4,1 milhões de euros pelo empréstimo por uma temporada, ao que se somou posteriormente a opção de compra definitiva, no valor de mais 13,3 M€. No total, Nehuén Pérez custou 17,4 M€, quantia que o coloca entre as contratações mais dispendiosas e que agora se procura justificar.