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·30 Juni 2025

Ministério Público: “Fernando Madureira tinha interesse em perpetuar Pinto da Costa no poder”

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A magistrada do Ministério Público salientou que, durante o julgamento, os doze arguidos tentaram desviar a atenção do que ocorreu na Assembleia Geral Extraordinária (AGE), apresentando “explicações incoerentes e inusitadas”. Contudo, a realidade é que Fernando Madureira concebeu e organizou um plano, que contou com a adesão dos restantes arguidos, para assegurar a aprovação dos estatutos, utilizando um ambiente de intimidação e medo.

Além da anterior direção, a aprovação “era, evidentemente, do interesse dos Super Dragões”. Fernando Madureira, aliás, revelou que a sua “significativa fonte de rendimento” estava ligada à venda de produtos relacionados com o fenómeno desportivo. “Havia um interesse desmedido” em garantir a possibilidade de financiamento direto pelo clube, conforme previsto nos novos estatutos. Para tal, “elaborou e organizou um plano a que os restantes arguidos aderiram”.


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O plano teve como objetivo “arregimentar pessoas associadas aos Super Dragões” e introduzi-las na AGE, mesmo que não fossem sócios, “com o intuito de influenciar as deliberações e os sócios que não fossem favoráveis, atirando objetos, agredindo e impedindo que se pronunciassem”. Enquanto isso, “os membros da mesa mantiveram-se impávidos e serenos, ignorando o clima de intimidação e medo”.

A procuradora Susana Catarino elogiou a “coragem dos sócios” que possibilitaram que os eventos do “dia mais negro da história do clube” fossem revelados. O Ministério Público elogiou o trabalho de investigação abrangente que incluiu a audição de testemunhas, a análise de imagens de videovigilância, buscas e a revisão de centenas de mensagens de texto e áudio. Contudo, “só com os testemunhos é que se pode compreender o que ocorreu”, que foi “um clima de intimidação e medo”, a ponto de alguns sócios temerem até levantar os olhos.

A procuradora destacou várias mensagens que, na sua perspetiva, corroboram a existência deste plano e a concretização de um ambiente de intimidação e controlo.

As alegações da Operação Pretoriano começaram esta segunda-feira. O Ministério Público e os dois assistentes, FC Porto e Henrique Ramos, tomarão a palavra em primeiro lugar, seguidos pelos advogados dos doze arguidos, com Fernando e Sandra Madureira à frente.

Estão em análise os eventos que ocorreram na Assembleia Geral Extraordinária do FC Porto, realizada a 13 de novembro de 2013. De acordo com a acusação, a claque dos Super Dragões planeou e criou “um clima de intimidação e medo”, com agressões e coação, para que fosse aprovada uma proposta de revisão estatutária, “do interesse da direção” azul e branca, então liderada pelo ex-presidente do clube Pinto da Costa).

Os doze arguidos enfrentam um total de 31 acusações: 19 de coação agravada, sete de ofensa à integridade física em contexto de espetáculo desportivo, um de arremesso de objetos ou líquidos e três de atentado à liberdade de informação. Um dos arguidos, Hugo Loureiro, foi ainda acusado de posse de arma proibida.

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