Mauro Xavier aborda despesas do Benfica e até Real Madrid vem ao barulho: "Nós..." | OneFootball

O Benfica divulgou, na passada terça-feira, a informação económica e financeira relativa ao primeiro semestre da época 2024/25 e Nuno Catarino concedeu uma extensa entrevista onde abordou assuntos relacionados com o Clube da Luz. A conversa rendeu muita reflexão sobre as contas do Glorioso, inclusive para Mauro Xavier - que recentemente apontou Noronha Lopes a um cargo que não a presidência do Clube. O Benfiquista abordou os custos operacionais apresentados pelo vice-presidente do Conselho Administrativo da SAD a até chegou a comparar o Benfica com o Real Madrid, garantindo que as águias têm mais funcionários que os merengues.

"O Nuno Catarino fala em duas coisas interessantes. Nós temos que olhar para o potencial de fazer receitas. Nós não podemos ganhar aquilo que não tivermos. Um bom exemplo é o naming. Domingos Soares de Oliveira anunciou o naming do Benfica em 2011, passaram 14 anos e não há naming. Todos os anos há em março a expectativa nas contas do semestre que no próximo ano é que é. Eu gosto é de pensar como podemos aumentar as novas fontes de receitas atuais e são essas estratégias que tento pôr no papel do que ir falar de outras alternativas", começou por dizer o Sócio.

Mauro Xavier prosseguiu ainda: "O Benfica em estrutura de custos tem quatro grandes bolos de estrutura de custos. Salários de jogadores e de pessoal representam 50%, e aqui o Benfica tem funcionários a mais. O Benfica tem mais funcionários do que o Real Madrid. Aquilo que interessa são os ordenados da equipa de futebol para a maioria dos benfiquistas é isso que é relevante, e esse é um grande peso".

"As amortizações de jogadores, que tem haver com o número de anos do contrato, o seu custo quando é refletido anualmente, e depois os custos da dívida que neste momento estão num nível elevadíssimo, mais de 20 milhões anuais de juros", acrescentou Mauro Xavier sobre os atletas, identificando um problema.

"Hoje o Benfica tem um problema na sua operação sem a venda de jogadores de cerca de 100 milhões. A venda de jogadores tem que ocorrer mas é para financiar as infraestruturas do Clube, é para financiar a amortização da dívida ou para cobrir os anos excecionais que não vão à Liga dos Campeões. Tem que haver objetivos claros naquilo que são as suas linhas vermelhas", disse.

"No lado desportivo aplica-se a mesma coisa. O Liverpool paga ao departamento de scouting prémios quando os jogadores que são contratados fazem nos dois anos seguintes 50% dos jogos a titular. Esse é o critério se foi ou não bem sucedido", concluiu o gestor e Sócio do Benfica.