Portal dos Dragões
·23 Juni 2025
Martín Anselmi: “Não queremos passar pelo Mundial de Clubes com esta imagem”

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“Não desejamos entrar no Mundial de Clubes com esta imagem. Reconhecemos que no Porto, amanhã, será um dia de celebração, um momento significativo para a cidade, e queremos que a festa seja total. Para tal, precisamos de vencer amanhã e proporcionar essa alegria aos nossos adeptos”, enfatizou o treinador, que acrescentou que “é crucial realizar uma autoavaliação” e “manter a humildade para entender o que está a ser feito de forma inadequada”.
Uma nova imagem“Mais do que focar no oponente, precisamos de nos concentrar em nós. Temos de competir de forma distinta, pois no último jogo não conseguimos a performance que desejamos, tanto no ataque como na defesa. O nosso orgulho está ferido e não queremos transmitir esta imagem. Temos a oportunidade de mudar essa percepção contra um adversário forte do continente africano, que conquistou duas das últimas quatro Champions, possui um treinador competente, jogadores dinâmicos e é tricampeão do Egipto. Temos de realizar bem a nossa parte.”
O que significa competir“O termo competir é frequentemente associado a correr, atitude, confrontos… Isso é bastante relevante para competir e, sem isso, é complicado, mas competir é também ter um plano de jogo e implementá-lo. Quando nos desviamos desse plano, a nossa competição não é a desejada e não podemos permitir isso. Discutimos frequentemente os nossos erros, falamos entre nós, estamos cientes das nossas falhas e não podemos permitir que isso se repita. Não queremos entrar no Mundial de Clubes com esta imagem. Reconhecemos que amanhã no Porto será um dia de festa, um momento significativo para a cidade, e queremos que essa celebração seja total. Para isso, precisamos de vencer amanhã e proporcionar essa alegria.”
As declarações de André Villas-Boas“Quando cheguei, encontrei um presidente que se dedica inteiramente ao FC Porto, que está comprometido dia e noite, sem pausas, sem férias, sem horários… e nós também. Para nós, o FC Porto é a nossa prioridade. É essencial realizar uma autoavaliação, entender o que não estamos a fazer bem e identificar o que nos falta. É necessário ser assertivo, mas precisamos de saber qual é a assertividade a que nos referimos, não agir sem propósito. Trabalhamos diariamente para fazer essa assertividade na próxima temporada, mas o primeiro passo deve ser dado amanhã. Encontrei um clube onde jogadores e staff compreendem bem o que é o FC Porto. Se não tivermos a humildade de perceber os nossos erros, não encontraremos soluções. A humildade é a palavra-chave. Precisamos de ser humildes para perceber o que está a ser feito de forma inadequada.”
O plantel e a abordagem“O termo sistema é bastante abrangente. Não encaro o futebol em termos de sistemas, mas de modelos e essência. No plantel, existem muitos jogadores capazes de cumprir o necessário, pois a equipa melhora o jogador e não o contrário. É evidente que teremos de atribuir novas funções e jogadores que trarão algo distinto. No entanto, o essencial é o próximo jogo e, a seguir, pensaremos no que vem a seguir.”
Sem justificações“Na minha equipa técnica, somos diretos e humanos, compreendemos que trabalhamos com pessoas que são também jogadores de futebol. Queremos potenciar o que têm de melhor e que também nos façam melhorar. Não tenho problemas em admitir os meus erros e eles também não têm problemas em reconhecer o que estamos a fazer mal. Isso é uma relação de confiança, onde todos estamos unidos por um objetivo. Claro que cada um tem a sua carreira, o seu agente, a sua presença nas redes sociais… Atualmente, o futebol está estruturado de forma que cada jogador se torna uma entidade própria, mas a equipa é a única que importa, a equipa é o único jogador que tem relevância. Terminámos a Liga com três vitórias e houve um conjunto de fatores que influenciaram este Mundial, mas isso é falar de justificações e eu não gosto de abordar justificações. Como disse, estamos cientes do que precisamos de melhorar e sabemos que o faremos. Estamos todos unidos em torno dessa ideia e desse objetivo.”
O futuro“Reconhecer se sou capaz de realizar o meu trabalho, se sou capaz de mudar uma situação… é difícil para mim aceitar a derrota. Sinto-me tranquilo com o meu trabalho e o do meu corpo técnico. Temos a consciência tranquila, damos o nosso melhor pelo clube, sabemos o que nos falta e o que precisamos de mudar na próxima temporada.”
Langsung