Kings League Brasil mira conexão com clubes profissionais: ‘Fifa não é a concorrente’ | OneFootball

A Kings League Brasil teve sua primeira edição foi realizada entre março e maio de 2025 e conquistou enorme repercussão. O sucesso inicial levanta agora um novo questionamento: até onde o torneio pode crescer em um país já tão dominado pelo futebol tradicional?

Durante sua participação no Rio Innovation Week, no palco Sport Tech by Lance!, o diretor de Negócios da Kings League Brasil, Flávio Levi, apresentou as perspectivas de mercado da liga. Ele comparou o projeto à Fifa, mas deixou claro que a proposta não é competir com o futebol convencional.

“Não queremos substituir o futebol profissional. Muito pelo contrário. Queremos trazer um público, que normalmente não gosta do esporte, para assistir e consumir futebol. A ideia é trabalhar em conjunto. Minha concorrente hoje não é a Fifa. Mas sim, qualquer outro produto que tire o tempo de tela do nosso consumidor. Um exemplo é a Netflix”, explicou Levi.

Kings League Brasil olhando para os clubes tradicionais

O dirigente também revelou que a Kings League estuda criar vínculos com clubes de futebol já estabelecidos no Brasil. Um exemplo de sucesso desse modelo vem da Itália, onde a Juventus, de Turim, está envolvida diretamente em uma equipe do torneio.

Apesar disso, Levi ressaltou que qualquer avanço nessa direção será feito com cautela. A expectativa é que o próximo campeonato mantenha os dez clubes inaugurais, mas a entrada de novos presidentes segue em aberto.

“Alguns times profissionais querem ter clubes na Kings League. Temos conversas. Tem time que quer atrair a atenção de um público mais jovem. Mas a ideia é não aumentar o número de times ainda… Temos muita cautela para nos conectarmos com clubes profissionais e tradicionais. Sei que tem conversas com times nossos (da Kings League) para uso de CTs de clubes profissionais, por exemplo, mas um time oficial ainda não temos”, destacou.

Final da Kings League Brasil teve Allianz Parque lotado para acompanhar a decisão – Foto: Maurício Rummens

O primeiro split no Brasil comprovou o potencial do projeto. Disputado integralmente em São Paulo, o torneio terminou com o título da Furia que superou o Dendele na grande final. O último jogo aconteceu no Allianz Parque, casa do Palmeiras, reunindo 40 mil torcedores no estádio. Fora das arquibancadas, o impacto digital também foi massivo: a decisão ultrapassou a marca de 90 milhões de telespectadores na web, consolidando a Kings League como um produto de entretenimento esportivo capaz de mobilizar multidões dentro e fora de campo.

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