José Fernando Rio e a crise desportiva no FC Porto: “Tem que haver um corte com este passado recente” | OneFootball

A demissão de Vítor Bruno marcou o início de uma verdadeira crise no FC Porto. A rescisão com o antigo treinador-adjunto de Sérgio Conceição tornou-se uma possibilidade evidente, especialmente após uma série de derrotas, que se intensificou após a equipa ter saído de Barcelos com uma derrota frente ao Gil Vicente (3-1).

José Fernando Rio, ex-candidato à presidência do FC Porto, comentou, em declarações ao jornal Record, que a saída do ex-técnico do clube era um “cenário inevitável” devido à queda de rendimento da equipa e aos resultados negativos consecutivos: “Após o término do jogo em Barcelos, a única saída que vi foi a rescisão com Vítor Bruno. Este início de 2025 foi, de facto, dramático para o FC Porto, uma vez que se esperava um crescimento do clube, e, no entanto, vieram três derrotas seguidas, sempre com exibições dececionantes”, disse o jurista, sublinhando a derrota com o Nacional, no jogo que se realizou na Madeira a 12 de janeiro, como “o pior” que presenciou desde que se tornou adepto do emblema azul e branco: “Relativamente ao treinador, não havia outro caminho a seguir. Cheguei a pensar que poderia ser ele a colocar o cargo à disposição, mas isso não se concretizou. Quando o jogo terminou, percebi que um ciclo tinha chegado ao fim.”

Para uma solução interina e imediata, o clube recorre a José Tavares, que foi coordenador da formação do FC Porto, nomeado por André Villas-Boas no início da sua presidência. José Fernando Rio reconhece o nome, mas não acredita que se trate de uma solução a longo prazo. “Ele faz parte da equipa técnica há muitos anos, e já tinha falado deste treinador há algum tempo. Acredito que não será a solução definitiva, e que servirá apenas como uma solução temporária, uma vez que, na minha opinião, não é o caminho a seguir”, comentou José Fernando Rio, ao avaliar as opções em discussão, que poderia incluir um treinador estrangeiro: “Não sei ao certo quem poderia assumir esta posição, mas não creio que haja algum treinador capaz no nosso campeonato. Penso que será, possivelmente, um treinador estrangeiro ou até um treinador português que costuma trabalhar no estrangeiro. Luís Castro? Conhece o clube, é uma possibilidade, mas não sei se se concretizará.”