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·18 Juni 2025

John Textor: dono da SAF do Botafogo causa sensações distintas no futebol

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O empresário americano John Textor, dono da SAF do Botafogo, clube brasileiro que enfrentará o Paris Saint-Germain no Mundial de Clubes em Los Angeles nesta quinta-feira, evoca sentimentos mistos em todos os continentes: da admiração à desconfiança e ao ressentimento.

No Brasil, John Textor é o salvador

Por meio da Eagle Football Holdings, da qual é acionista majoritário, John Textor é dono da SAF do Botafogo desde 2022. E ele trouxe este clube histórico de volta à vanguarda ao vencer sua primeira Copa Libertadores em 2024, além de conquistar o título do Brasileirão no mesmo ano.


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“Enquanto este homem estiver vivo, serei grato a ele”, disse Francisco Correia, torcedor do Botafogo, à AFP.

“Pedi a Deus um comprador para o Botafogo, para que o clube não desaparecesse”, acrescentou Correia, cujo time enfrentava dificuldades financeiras antes da chegada do americano e que aprecia cada momento que desfruta na multidão entre os torcedores cariocas.

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Na Europa, torcedores furiosos

Em Lyon, onde o clube francês passou por uma profunda transformação desde a chegada de Textor em 2022 — com a venda do estádio, o desmantelamento da seção feminina e uma reestruturação interna —, o Bad Gones, sua torcida mais influente, emitiu críticas após mais uma temporada decepcionante.

O time terminou em sexto lugar na Ligue 1, perdeu novamente a Liga dos Campeões e enfrenta a ameaça de sanções da Direção Nacional de Controle de Gestão (DNCG) devido à sua frágil situação financeira, que funciona como uma verdadeira espada de Dâmocles.

“Com os jogadores históricos demitidos, o império vendido, os valores pisoteados e a formação insultada, o que resta do OL?”, questionou o maior grupo de ultras, denunciando as “1.000 promessas” de Textor.

Em Molenbeek, o americano mudou recentemente o nome de RWDM (Racing White Daring Molenbeek) para Daring Brussels e modificou o logotipo do histórico clube de Bruxelas.

“Nossa identidade era, é e sempre será RWDM. Diante desse flagrante desrespeito, anunciamos a suspensão do nosso grupo”, declarou o principal grupo do Brussels Power 2005.

Torcedores do Crystal Palace, clube no qual a Eagle Football detém 45% das ações, criticaram Textor em 2024 por sua propensão a controlar participações majoritárias em vários times.

O clube londrino, recente campeão da FA Cup, corre o risco de ser excluído da Liga Europa do próximo ano devido à participação do Olympique Lyonnais, também de propriedade da Eagle Football, de acordo com os regulamentos da UEFA sobre timeshares de clubes.

Estados Unidos, terreno hostil

Antes de entrar no mundo do futebol, John Textor teve um início turbulento como capitalista de risco nos Estados Unidos, onde seu histórico empresarial lhe rendeu inúmeros detratores.

Após um primeiro grande sucesso no mundo emergente da internet na década de 1990, o empreendedor nascido na Flórida acumulou vários contratempos, incluindo a marca de snowboard Sims, a empresa de realidade virtual Jester e o site de comércio eletrônico de produtos infantis Baby Universe.

A queda mais notável de Textor foi a falência da Digital Domain, empresa de efeitos especiais conhecida, entre outras, pelo inovador rejuvenescimento de Brad Pitt em “O Curioso Caso de Benjamin Button”.

Apesar de receber US$ 135 milhões em recursos públicos da Flórida para estabelecer um estúdio com 280 funcionários — que fechou abruptamente — e para criar uma escola de cinema que nunca foi inaugurada, a empresa acabou falindo.

O estado da Flórida posteriormente processou Textor por suposta “fraude”, acusando-o de ocultar as dívidas de sua empresa e usar métodos ilegais de pressão.

Além disso, vários investidores acusaram Textor, que havia aberto o capital da empresa apenas dez meses antes da falência, de manipular o preço das ações e apresentar contas fraudulentas que os enganaram.

Processado por vários ex-sócios, Textor conseguiu se reinventar no setor de hologramas, com destaque para um show de Michael Jackson em 2014. No entanto, ele enfrentou uma dura batalha judicial sobre patentes com seu rival Alki David, que o chamou de “sociopata”.

“John é um gato, ele sempre cai de pé”, lamenta o fundador da Digital Domain, Scott Ross, que luta contra Textor há anos, acusando-o, por exemplo, nas redes sociais de “ser um especialista em corrupção”.

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