
Gazeta Esportiva.com
·7 Maret 2025
Jogadores do Palmeiras manifestam apoio a Luighi após caso de racismo na Libertadores sub-20

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·7 Maret 2025
Jogadores do time profissional do Palmeiras se solidarizaram com Luighi, do sub-20, e manifestaram apoio ao atacante de 18 anos, que foi vítima de racismo na vitória sobre o Cerro Porteño, pela segunda rodada da fase de grupos da Libertadores sub-20. Nos perfis nas redes sociais, alguns deles deixaram mensagens ao camisa 9 da base.
Antes de ir disputar a Libertadores na base, Luighi, que faz parte do grupo de apoio, estava à disposição de Abel Ferreira para disputa do Paulistão.
“Estamos juntos contigo, Luighi. Não aceitamos o que aconteceu com você hoje. Algo precisa ser feito. Não podemos aceitar o racismo”, escreveu o goleiro Weverton. “Até quando?”, publicou o meia Raphael Veiga.
(Foto: Reprodução/Instagram)
“Até quando? Queremos respostas rápidas, não temos tempo para o racismo”, disse o lateral direito Marcos Rocha, que completou a Luighi: “Você é gigante, nós te amamos e estamos juntos com você”. “Estamos com você, irmão”, apoiou o meia Allan, com que Luighi também atuou na base.
(Foto: Reprodução/Instagram)
“Inadmissível. Estamos junto sempre, irmãozinho”, publicou o lateral direito Mayke. O meio-campista Mauricio também escreveu: “Estamos contigo, irmão. Te amo”, em seu story no Instagram.
Diversos outros jogadores do elenco republicaram em seus perfis a nota de repúdio do Palmeiras. No comunicado, o clube prometeu ir “até as últimas instâncias” cobrar punição aos envolvidos no episódio, classificado como “repugnante”.
Enquanto o meio-campista Figueiredo deixava o campo para ser substituído, passou próximo da arquibancada e viu um torcedor, com criança no colo, fazer gestos imitando um macaco. Na sequência, Luighi, também à beira do gramado, sofreu ofensas racistas e ainda recebeu cusparadas. O atacante foi flagrado chorando no banco de reservas e se revoltou na entrevista pós-jogo.
O atacante Rony, ex-Palmeiras e atualmente no Atlético-MG, também deixou uma mensagem a Luighi, com quem dividiu a rotina no Verdão, no último ano.
“Estou passando aqui para comentar um pouquinho o que aconteceu agora na partida entre Palmeiras e Cerro Porteño pela Copa Libertadores sub-20, onde aconteceu um ato racista, onde todo mundo pôde acompanhar aí um senhor que se diz ser um pai de família com uma criança no colo, acabou fazendo um gesto racista que vem acontecendo muito com jogadores brasileiros principalmente”, começou o atacante.
“Com racismo tem que ser tolerância zero, racismo é crime, então que essa pessoa aí que fez esse ato racista contra o Luighi, contra o Figueiredo… essas pessoas, que vêm constantemente fazendo esse gesto, têm que ser punidas, têm que ser presas, porque racismo é crime”, seguiu.
“Então, fica aqui a minha indignação com essas pessoas que cometem isso. É um crime. Então, fica aqui a minha indignação e o dizer para Figueiredo, para o Luighi: estamos juntos, vamos brigar para que isso acabe o mais rápido possível e que não venha a acontecer mais isso no futebol. Luighi, força, Figueiredo, força, Deus abençoe, estamos juntos nessa luta aí. Racismo é crime”, concluiu Rony.
O ex-volante Felipe Melo, que defendeu o Verdão entre 2017 e 2021 também saiu em defesa de Luighi. O ex-jogador pediu união dos jogadores de futebol para combater o racismo e usou como exemplo a união dos atletas em relação à polêmica da discussão do gramado sintético e natural.
“Estou aqui sem saber o que falar para de verdade pelo o acontecimento com o menino Luighi lá no Palmeiras. Confesso que eu fiquei muito triste com o vídeo dele chorando. Eu sou pai, pai de atleta também acabou com o meu dia, a verdade é essa. Estava jantando quando eu vi, fiquei triste.
“Sei que nós estamos falando de um acontecido em outro país. Sei também que a Conmebol também não vai deixar isso passar em branco. Sei que eles vão se movimentar e vão fazer algo. E a gente pede realmente que que isso aconteça, que eles sejam fortes aí em busca do punir o criminoso. Sei que isso vai acontecer. Mas eu quero trazer um pouquinho também para o nosso país, sabe? Assim, nós jogadores nos unirmos: nós jogadores, não, hoje eu sou um ex-atleta, mas as grandes estrelas do futebol se uniram agora por causa desse negócio da grama sintética e a grama natural. Então eu vejo que é também o momento de se unir também contra esse crime: o racismo”, disse.
“Porque o jogador de futebol tem poder para exterminar o racismo no futebol. Então, é o momento da classe se unir mais do que nunca. Eu confesso para vocês, eu sou pai de atleta e se eu tiver num jogo acontecer um negócio desse, eu não sei o que eu faria. Imagina os pais do Luighi, no Brasil, assistindo o filho chorar. Cortou meu coração”, continuou.
“Eu estou muito triste. E nós temos que nos unir. Nós porque eu faço parte também do mundo do futebol. E pedir também para as autoridades aqui no Brasil, o presidente da CBF ele tem que se manifestar. Não pode ficar só no apenas no falar, tem que tomar uma atitude. E nós temos que virar exemplo quanto a isso”, prosseguiu.
Porque as pessoas vêm aqui no Brasil, fazem isso com a certeza da impunidade, é cadeia, tem que ser preso. Mas mais do que nunca, os atletas, as grandes estrelas têm que se unir nesse momento. Porque de fato a união faz a força. Se acontecer de novo, ninguém vai entrar em campo. Não sei, mas tem que se unir. Não se uniram em relação a grama natural e grama sintética? Então tem que se unir também. Estou muito triste e o meu total apoio ao Luighi, finalizou.