Jogadores do Corinthians reclamam do gramado da Neo Química Arena | OneFootball

Após a vitória do Corinthians sobre o Santos por 2 x 1 na última quarta-feira, 12, alguns jogadores expressaram preocupações com a qualidade do gramado da Neo Química Arena. Em entrevista, Hugo Souza, André Ramalho e Raniele apontaram que o campo, além de comprometer a fluidez do jogo, tem prejudicado a condução da bola.

O volante Raniele observou que a superfície do campo não está no padrão de qualidade que costumava apresentar.

Foto: Rodrigo Coca/Agência Corinthians

“Sem dúvidas, está abaixo em relação ao ano passado. Falamos sobre isso há alguns jogos. Às vezes, quando conduzimos a bola, damos um tapa e ela desliza normalmente, mas, em outros momentos, bate em um lugar sem grama, acaba quicando, bate na canela e a condução se estica. Para um time com tantos jogadores técnicos, como Garro, Memphis, Yuri, Coronado e Carrillo, ter um campo em perfeitas condições é muito importante, pois nos dá vantagem. Esperamos que isso seja corrigido para que possamos desempenhar um bom futebol”, pontuou.

O zagueiro André Ramalho também comentou sobre as condições do gramado, destacando que, desde o início do ano, notou uma anormalidade na forma como a bola quica.

“A gente percebeu isso desde o começo do ano. É muito estranha a maneira como a bola quica e corre, principalmente nas jogadas aéreas, quando ela baixa muito rápido. Em alguns momentos, achei que estava bem diferente. Hoje, também posso falar sobre o nosso campo: não achei que estava em boa qualidade, acho que atrapalhou em muitos momentos. A bola quicou demais, e todos tiveram essa impressão. Tanto o campo quanto a bola precisam de melhorias”, apontou o defensor.

Hugo Souza também mencionou o problema em sua análise da partida.

“O jogo poderia ter sido melhor em alguns aspectos. Nosso campo ainda não está na melhor condição. Acho que pode melhorar e vai melhorar, porque sempre foi referência no Brasil, o melhor gramado e tudo mais, mas hoje talvez não seja. Isso atrapalha um pouco a qualidade do nosso jogo. A bola é horrível, desculpa a expressão, mas é horrível. Porém, a gente vai se adaptando para conseguir desempenhar nosso melhor futebol”, disse o goleiro.

Justificativa oficial

Por meio de uma nota oficial publicada em seu site, a Neo Química Arena justificou o estado do gramado:

“No início de 2025, o gramado da Neo Química Arena enfrenta uma situação atípica, impactada por diversos fatores que comprometeram os cuidados ideais para manter a excelência exigida pelo estádio. Por se tratar de uma grama europeia com tecnologia única no futebol brasileiro, sua manutenção requer um rigoroso acompanhamento, que, neste período, foi afetado por condições adversas.

Para a atual temporada, a Neo Química Arena e a World Sports, responsável pela qualidade do gramado, tiveram um período reduzido para a recuperação da superfície, tornando o processo mais desafiador. Esse cenário foi ainda mais agravado pelas fortes chuvas e pelo calor intenso que atingiram a capital paulista no início do ano, dificultando a recuperação plena do gramado.

Nas pequenas áreas, o impacto foi maior devido ao replantio realizado no setor, que não teve o desenvolvimento esperado por conta das condições climáticas adversas. Com isso, a grama dessas regiões ainda não apresenta o nível de excelência habitual da Neo Química Arena.

Durante a pausa do calendário do futebol, no meio de 2025, será realizada uma revitalização completa do gramado, com replantio total da superfície de jogo. Até lá, a World Sports continuará realizando a ressemeadura constante do campo, garantindo uma melhoria gradual, com previsão de condições otimizadas para a primeira partida de abril.

Vale destacar que a estrutura do gramado tem uma vida útil estimada de 12 anos, o que significa que, em breve, será necessária uma substituição completa do campo, algo que não ocorre desde a inauguração da Neo Química Arena, em 2014. Diante disso, um planejamento já está em andamento para a renovação integral do sistema híbrido do gramado, substituindo a atual superfície por uma nova, ao invés das revitalizações periódicas habituais.”

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