Glorioso 1904
·4 Juni 2025
João Félix está a caminho do Benfica, mas ex candidato atira: "Má ideia"

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João Félix é um dos nomes que está mais próximo de regressar ao Benfica, mas há quem se mostre contra este cenário. Bruno Costa Carvalho recorreu às redes sociais para deixar uma nota sobre os retornos de antigos jogadores, explicando o motivo que o leva a considerar ser uma má ideia, acabando por deixar alguns conselhos à Direção de Rui Costa.
Com o avançado português, Nélson Semedo, Victor Lindelof e até mesmo Bernardo Silva apontados a um regresso à Luz, Bruno Costa Carvalho aponta para um desenvolvimento dos jogadores que estão na formação do Benfica como devendo ser uma das prioridades. "O regresso de jogadores é má ideia no modelo atual de gestão do Benfica. O regresso de antigos jogadores ao Benfica, por mais emocionalmente apelativo que seja para adeptos e para os próprios atletas, revela-se uma má decisão do ponto de vista estratégico e financeiro", começou por explicar o antigo candidato à Presidência do Clube.
"Esta política não está alinhada com o modelo de negócio que o clube tem vindo a seguir: um modelo altamente dependente da geração de mais-valias com a valorização e venda de jogadores. O Benfica é um clube que, devido ao seu excesso de despesa sistémico, está estruturalmente obrigado a realizar vendas avultadas todos os anos, muitas vezes na ordem dos 70 a 80 milhões de euros", acrescentou.
Bruno Costa Carvalho vai mais longe e aponta para as consequências financeiras que estes regressos ao Benfica podem causar: "Esta necessidade impõe uma lógica de negócio que privilegia a contratação e o desenvolvimento de jogadores jovens, com margem de progressão, que possam ser valorizados e vendidos com lucro significativo. O retorno de jogadores veteranos ou com passado no clube não serve esse objetivo. São atletas que, na maioria dos casos, já atingiram o pico da sua valorização de mercado e não gerarão receitas relevantes em futuras transferências. Em muitos casos, não gerarão qualquer receita de venda, sendo eventualmente libertados a custo zero ou terminando os contratos em fim de carreira. Pior: o seu regresso muitas vezes implica salários elevados, prémios de assinatura substanciais e um impacto direto no tempo de jogo e desenvolvimento dos jogadores mais jovens, que ficam assim tapados".
"O romantismo tem o seu lugar no futebol, mas não pode condicionar decisões estruturais. O Benfica precisa de pensar com clareza e com visão estratégica e isso implica dizer 'não' ao passado e focar-se no futuro", referiu, ainda, Bruno Costa Carvalho, deixando um conselho a Rui Costa, que estará a tentar alguns regressos.