Jogada10
·29 November 2024
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Um dos fundamentos que mais justificam a conturbada situação do Fluminense no Brasileirão são as finalizações. Afinal, o Tricolor tem o terceiro pior ataque da competição, com 30 gols, atrás apenas dos já rebaixados Cuiabá e Atlético-GO. Esses números evidenciam um problema que tem causado dor de cabeça ao técnico Mano Menezes, ainda mais em uma reta final tão disputada, em que o time necessita pontuar.
Dessa forma, a equipe tem média de menos um gol por jogo no campeonato. Algo que ficou claro no empate, sem gols, com o Criciúma, no Maracanã. O time teve enorme dificuldade para construir e incomodar a meta adversária e se limitou a alçar a bola na área, mesmo sem um centroavante com a característica de bom cabeceio.
Ao todo, foram 44 cruzamentos, sendo que a maioria deles foi coibido pelo sistema defensivo do Tigre. A que chegou mais perto da baliza do goleiro Gustavo foi justamente a cabeçada de Marquinhos no minuto final, quando a bola tocou no travessão e foi para fora. No entanto, pouco para um time que precisa pontuar para evitar um possível rebaixamento.
O ataque tricolor é dono da quinta pior média de finalizações certas por jogo (4.3), superando somente Cuiabá (3.3), Vasco (3.6), Fortaleza (4.0) e Vitória (4.1), segundo o Footstats. Quem também caiu de rendimento nas últimas duas partidas, na volta da última Data Fifa, foi Jhon Arias. Nos empates com Fortaleza e Criciúma, o colombiano não foi efetivo e decisivo.
A falta de criatividade e conexões piorou ainda mais com a ausência do cérebro do time. Assim, Ganso sentiu dores nas costas e teve que deixar o gramado para a entrada de Renato Augusto, que mais uma vez não correspondeu. O camisa 10, inclusive, disputa o prêmio para formar o time do ano do The Best, ao lado de Cano e Nino, que se destacaram na Libertadores 2023 e Almada, que atualmente está no Botafogo.
“É necessário fazer gols para vencer jogos, é necessário fazer gols para se pontuar. Eu acho que a gente fez poucos gols na temporada e acho que a nossa equipe tem dificuldade de encontrar o caminho que te aproxima mais do gol. A gente conclui pouco, com o volume que tem a gente conclui pouco, e a gente precisa melhorar essa condição urgente”, disse Mano.
“Muitas vezes opta por uma metida de bola numa área fechada cheia de gente, às vezes você chuta, a bola bate em alguém e entra. O futebol tem muitos caprichos. Você tem que ser incisivo, tem que incomodar o adversário, criar dificuldades para ele. Acho que a gente pode melhorar isso”, analisou o comandante.