Portal dos Dragões
·26 Maret 2025
Hulk recorda jogo no Estádio das Antas: “Fiquei alucinado e pensei… um dia vou jogar aqui”

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Hulk, ex-jogador do FC Porto e atualmente a representar o Atlético Mineiro, partilhou a sua trajetória profissional, incluindo a sua experiência em Portugal, num testemunho ao “The Players Tribune”. “Em 2001, com 15 anos, cheguei a Portugal pela primeira vez. Passei um ano na formação do Vilanovense, um clube em Vila Nova de Gaia, que fica do outro lado da ponte, em relação ao Porto”, começou, recordando o momento em que, num alojamento, o motorista do autocarro do Vilanovense o chamou para o levar a assistir a um jogo dos dragões.
“O motorista levou-me ao Estádio das Antas, onde o FC Porto ia disputar um jogo da Taça UEFA. Lembro-me como se fosse hoje, pois as cores brilhavam de uma forma que a imagem ficou gravada na minha memória. Fiquei maravilhado e emocionado. Nunca tinha estado num estádio tão grande e bonito. Os adeptos faziam tanto barulho que precisei de gritar ao motorista: ‘Um dia vou jogar aqui!’. Foi como uma revelação. Nada ao meu redor importava, apenas a minha determinação e a minha vontade de triunfar”, recordou.
O jogador do Atlético Mineiro também recordou a oportunidade de se transferir para Madrid: “Sete anos após ter dito ao motorista que um dia jogaria no FC Porto, o Atlético de Madrid também se interessou por mim e fez uma proposta similar à dos portugueses. Com aquela imagem na mente, a minha decisão foi rápida: vou para o FC Porto, sem dúvida.”
“Cheguei a Portugal. O estádio já não era o das Antas, mas o do Dragão, e a atmosfera do clube permanecia a mesma. Eu também: um completo desconhecido com um nome de super-herói. Lembro-me de os jornalistas perguntarem: ‘Agora que chegou o Hulk, quando chega o Homem-Aranha? E o Batman também foi contratado?’ Fiquei magoado, mas o que poderia fazer?”, confessou.
“No meu primeiro treino, fiz uma jogada. Estavam lá Quaresma, Lucho González, Bruno Alves, Cristian Rodríguez e os outros. Recebi uma bola no meio-campo, avancei um pouco e rematei! Foi uma pancada de esquerda no ângulo. O silêncio foi total. E o resto já sabem…”, acrescentou o jogador de 38 anos.
“Tive épocas no FC Porto em que marquei 42 golos e fiz 25 assistências, apenas duas a menos do que o Messi. Contribuí para o clube vencer uma Liga Europa, uma liga portuguesa, uma Taça e uma Supertaça de Portugal. Hoje, se visitarem o museu do FC Porto, encontrarão uma estátua minha lá, outro motivo de grande orgulho na minha carreira”, acrescentou.
Além de recordar os momentos em Portugal, o atleta também recordou a primeira vez que assistiu a um jogo de futebol ao vivo: “Um dia, a bola chamou-me de forma séria. Foi quando o meu pai me levou para ver o Treze ao vivo no Amigão, o estádio da nossa cidade. Tive poucas oportunidades de ver futebol, apesar de estar sempre a jogar. Nas raras vezes em que havia televisão, via as imagens a preto e branco e achava que os jogadores eram bonecos. Mas naquela tarde, no Amigão, compreendi tudo. Nunca tinha sentido uma alegria tão grande. O jogo era real! Os jogadores existiam! Tudo era verdade e colorido!”.
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