Fortaleza madeirense deixa manutenção à porta | OneFootball

A manutenção está praticamente assegurada para o Marítimo. As madeirenses venceram, este domingo, na receção ao Estoril Praia (3-1) e estão agora à espera do que vai fazer o Clube de Albergaria na receção ao Valadares Gaia para perceber se festejam a permanência na Liga BPI já esta tarde.

A formação insular voltou a fazer do Campo da Imaculada Conceição uma fortaleza - sexta vitória em nove jogos - e superou um adversário que vendeu cara a derrota, mas que não teve argumentos para se bater durante os 90 minutos. A equipa da casa esteve no comando das operações durante mais tempo e fez por merecer o triunfo alcançado.

A primeira parte foi particularmente entusiasmante. Estratégias diferentes de ambas as partes, com o Marítimo a procurar assumir mais o jogo e o Estoril Praia a tentar sair rápido e com perigo para o ataque. Combinados, estes dois ingredientes resultaram em 45 minutos animados, com vários lances junto das balizas e também com golos.

Aos 24 minutos, a média Jana Radosavljevic abriu o ativo com um grande pontapé, na ressaca a um corte incompleto de Carolina Pocinho. O Marítimo já tinha ameaçado algumas vezes, sempre através dos desequilíbrios criados por Fatumata Sisse - a melhor em campo para o zerozero - no flanco direito e que levaram a treinadora adversária, Liliana Dinis, a deixar Mafalda Almeida no balneário ao intervalo.

A vantagem chegou, por isso, com justiça, mas foi sol de pouca dura. Num livre batido de forma curta por Sara Brasil, Mafalda Almeida recebeu no flanco esquerdo e cruzou com conta, peso e medida para uma bela cabeçada de Meredith Haakenson, que rubricou o empate (28'). Até ao descanso, o Marítimo voltou a ter situações para chegar ao 2-1, mas Adriana Rocha fechou a porta da baliza. Do lado contrário, Ana Rocha recebeu um par de solicitações de Sara Brasil, mas nunca definiu da melhor maneira.

Madeirenses eficazes

Os segundos 45 minutos não foram tão mexidos como os primeiros, mas tiveram momentos de qualidade de ambas as equipas. Sarah Brasero ameaçou logo a abrir com um cruzamento-remate que esbarrou no ferro e o Marítimo respondeu com um cabeceamento de Érica Costa, em boa posição, mas por cima do alvo.

O encontro caiu numa toada de maior equilíbrio no primeiro quarto de hora da etapa complementar e desatar o nó parecia difícil. Contudo, Telma Pereira conseguiu essa proeza num remate colocado, na ressaca a um corte de Íris Ferreira após um pontapé de canto.

O Estoril Praia reagiu de imediato e só não voltou a empatar poucos segundos depois porque Sara Brasil se precipitou na hora de finalizar e não aproveitou a oferta de Nicole Panis. Pouco depois, a guardiã neerlandesa foi obrigada a esticar-se para negar o golo a Sarah Brasero e segurar a vantagem insular.

Logo a seguir, Liliana Dinis mexeu na equipa e acabou por não ser propriamente feliz com isso. O plano da treinadora estorilista saiu furado, já que as mudanças não surtiram efeito positivo nas canarinhas. O timing também não ajudou: três minutos depois das alterações, a técnica viu Érica Costa sair do drible perante várias das suas jogadoras e atirar para o 3-1 que sentenciou o duelo.

O Marítimo soma agora 26 pontos e ocupa o sétimo lugar quando faltam cinco jornadas para o final da competição. Caso o Clube de Albergaria não vença, este domingo, na receção ao Valadares Gaia, as madeirenses garantem matematicamente a manutenção no principal escalão do futebol feminino nacional. O Estoril Praia mantém-se no nono lugar, de acesso ao playoff de manutenção, com 14 pontos.