Papo na Colina
·14 Agustus 2025
Entenda como o Vasco gastou uma fortuna em reforços que não vingaram

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·14 Agustus 2025
A recente venda do zagueiro João Victor não representa apenas a saída de um jogador do Vasco. Ela é o símbolo do fracasso retumbante da primeira janela de transferências de 2024. Naquele período, sob o comando de Alexandre Mattos e com o aval da 777 Partners, o CRVG gastou quase R$ 130 milhões em nove reforços. Um ano e meio depois, o retorno esportivo foi quase nulo e a herança deixada para a gestão de Pedrinho foi extremamente problemática como aponta levantamento do portal ge.
A janela do início de 2024 foi marcada por investimentos pesados. Somente nas chegadas de João Victor, Adson, Juan Sforza e Clayton Silva, o clube desembolsou mais de R$ 100 milhões. A lista se completa com David, Robert Rojas, Galdames, Victor Luís e Keiller. Desses nove, apenas quatro seguem no clube, e nenhum deles é titular absoluto.
Adson sofreu com lesões graves. Sforza está fora dos planos e sequer é relacionado. David, que também se lesionou, foi quem mais conseguiu se firmar. Victor Luís, por sua vez, é apenas a última opção para a lateral.
David ainda é uma peça importante do elenco – Foto: André Fabiano/Código19/Gazeta Press
Além do fraco desempenho em campo, essa janela de contratações deixou uma herança financeira desastrosa. A gestão de Pedrinho critica abertamente o que considera uma “folha salarial superfaturada”. O presidente já declarou que os valores pagos eram “desproporcionais ao rendimento”.
Essa má gestão gerou, inclusive, dois “transfer bans” da FIFA. As punições vieram por dívidas nas compras de Adson e Sforza, e só foram revertidas porque o clube está em Recuperação Judicial.
O dado que melhor resume o fracasso da “era Mattos” é a escalação atual do time do Vasco. Nenhum dos 11 jogadores que são considerados a base titular de Fernando Diniz foi contratado naquela janela. A espinha dorsal da equipe foi montada em outros períodos, por outros diretores como Paulo Bracks, ou pela própria gestão de Pedrinho.
A saída de João Victor encerra este ciclo. Contratado por 6 milhões de euros, seu custo já havia subido para 7 milhões por bônus. A venda para o CSKA Moscou por 4,5 milhões de euros representa um prejuízo. Contudo, para a diretoria atual, é uma forma de “diminuir o prejuízo”. A medida se livra de um contrato caro, resolve uma crise com a torcida e abre espaço para buscar um substituto, como Carlos Cuesta.
Pedrinho e o CEO Carlos Amodeo já expuseram o caos na Vasco SAF – Foto: Dikran Sahagian/CRVG
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