'É bom, mas não assusta': analista mostra tática do Chelsea | OneFootball

As boas atuações dos times sul-americanos contra equipes europeias na Copa do Mundo de Clubes da Fifa comprovam: o Flamengo pode vencer o Chelsea.

Nenhum time brasileiro ou da América do Sul conseguiu vencer ainda. Mas Fluminense e Palmeiras empataram com Borussia e Porto, respectivamente, sendo superiores e estando próximos da vitória.

Além disso, o Boca Juniors chegou a abrir 2 a 0 antes de sofrer o empate do Benfica. Por tudo isso, os torcedores do Flamengo se enchem de esperança.

E com razão, de acordo com Raphael Rabello, analista tático do canal Falando de Tática. Isso porque o Chelsea "é bom, mas não assusta", conforme diz a capa de seu vídeo.

No entanto, o analista alerta: "É um time melhor que Porto, Benfica, Borussia. Mas também não está na prateleira de Real Madrid, PSG. Tem jogo", afirma.

A tática ofensiva do Chelsea

O analista faz um vídeo para explicar como os ingleses se organizam ofensivamente. Ele inicia mostrando a armação do time em campo.

"4-2-3-1. Esse time constrói no 3-2-5, parecido com o Flamengo. Variação para 3-2-2-3 também. Os zagueiros fazem a saída de três e o lateral-direito se junta aos volantes. O outro volante, Enzo, avança para se alinhar ao Palmer", comenta.

Mas as fragilidades existem. No lado direito, por exemplo, Madueke joga por Enzo Maresca não encontrar soluções melhores com os jogadores da posição.

"No lado direito, ninguém está conseguindo render muito bem. Ele acaba usando o Madueke, ainda que meio desconfortável", comenta.

Semelhança com o Flamengo

O analista explica que Chelsea e Flamengo podem se espelhar em alguns momentos. Existem muitas semelhanças, como a ideia de gerar vantagens no meio.

"A ideia do 3-2-2-3 é pesar o corredor central. O Chelsea tem muitas semelhanças com o Flamengo de Filipe Luís. Tem esse quadrado e a ideia é gerar superioridade numérica no corredor central. Isso gera liberdade para os pontas. Depois de jogar por dentro, joga fora no um para um. A ideia é arriscada e, por vezes, traz problemas ao Chelsea", analisa.

Flamengo precisa neutralizar Palmer

O homem de gelo e camisa 10 do Chelsea, Cole Palmer é a principal preocupação. O time inglês não é nada demais, na visão do analista, mas possui um craque muito acima da média.

"O maior destaque é o Palmer. É o cara diferente, o craque do time. Faz gol, assistência, se movimenta, é inteligente e acima da média. Tem que marcar de perto. Se der um metro quadrado... joga muita bola. Venceu o Bétis sozinho", opina.

Ele explica como joga Palmer.

"É um meia mais centralizado. Mas tem liberdade para se movimentar, aparece no campo inteiro. Se movimenta pelos dois lados e atrai o marcador. Ele baixa para atrair o adversário e gerar espaço às costas", diz.

Ele também é importante para servir os companheiros.

"Quando ele recebe a bola com mais espaço, acha muito espaço na profundidade. Principalmente para os centroavantes", comenta, enaltecendo ainda a atuação de Enzo nessas jogadas: " infiltra na área quando a bola cai pela ponta".

Chelsea é imperfeito e gasta mal

Por fim, Raphael tece críticas ao elenco montado pelo Chelsea, e até corneta o clube inglês pela forma como gasta dinheiro.

"Não se assustem, o time não é perfeito. Só estou mostrando como o time ataca. Falta ao Chelsea contratar melhor. Gasta muito dinheiro - e mal. A linha defensiva não é de outro mundo. Os zagueiros não são nada demais. Não estão no nível de outros que vemos por aí", opina.

Ele critica ainda o ataque e volta a afirmar: o Flamengo pode sair vencedor.

"Não tem um centroavante que merecia ter. Poderia ter pontas melhores. Um cara para jogar ao lado do Palmer sem ter que avançar o Enzo. É uma equipe boa e difícil, mas tem jogo, sim, e o Chelsea tem seus problemas", conclui. Veja a análise completa abaixo.

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