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·4 Juli 2024

De olho em Paris, Arthur Elias mantém identidade e valoriza ataque

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"Vamos em busca da medalha". "Acredito muito nessas atletas". "Nossa seleção vai conseguir mostrar um futebol competitivo". Essas afirmações poderiam ser ditas por qualquer torcedor mais otimista da seleção brasileira, seja ela feminina ou masculina. No entanto, elas foram reproduzidas pelo técnico Arthur Elias, durante a coletiva de convocação para os Jogos Olímpicos de Paris, nesta terça-feira (02), na sede da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Ao todo, 18 jogadoras foram chamadas para representar a camisa canarinha. A lista não deixou de ter surpresas, seja por nomes não tão cotados que foram chamados, como Kerolin, ou ausências, a exemplo de Cristiane e Debinha.

Com apenas dez meses sob o comando da seleção brasileira, Arthur Elias seguiu um dos seus principais objetivos: testar o máximo possível de jogadoras. Entre amistosos e torneios, 51 atletas integraram a lista do treinador, sendo 18 atacantes. O setor ofensivo, inclusive, segue como o mais valorizado pelo comandante, que na lista final, optou por sete atacantes.


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Um é pouco, dois é bom, três é demais...e sete?

A valorização do setor ofensivo sempre foi uma marca de Arthur Elias, ainda no Corinthians, por onde foi multicampeão. Em campo, um time propositivo, comandando as principais jogadas e marcando (muitos) gols são características que o treinador espera ver nos pés de Adriana (Orlando Pride), Gabi Portilho (Corinthians), Gabi Nunes (Levante), Jheniffer (Corinthians), Kerolin (North Carolina), Ludmilla (sem clube) e Marta (Orlando Pride). O argumento foi confirmado durante a coletiva de imprensa, após convocação.

"Por decisão da comissão, pelo perfil do nosso trabalho e do futebol hoje em dia, convoco um número maior de atacantes, porque é onde exige um número maior de substituições, onde se desgasta mais normalmente e se precisa ter atletas que não estejam tão desgastadas nesse momento decisivo do jogo em que vamos procurar ser uma equipe equilibrada e definir os jogos, colocando a bola na rede”, explicou o técnico.

Todos estes nomes já vestiram a camisa verde e amarela. Adriana, Kerolin, Gabi Nunes e Marta - inclusive - estiveram na última Copa do Mundo, quando o Brasil fez uma campanha vexatória e foi eliminado ainda na primeira fase para a Jamaica. Ludmila também é um nome conhecido. Ela esteve nos últimos jogos olímpicos, em 2021 e no mundial de 2019. Gabi Portilho e Jheniffer, por outro lado, estão estreando nos Jogos Olímpicos. E se a Rainha Marta, poderá refazer sua "last dance" - contrapondo o resultado no último mundial, Cristiane não terá a mesma história.

Fora de campo: Cristiane e Debinha

Apesar de não ter anunciado sua aposentadoria dos gramados ou da seleção brasileira, Cristiane pode ter tido sua última chance em disputar uma grande competição representando o Brasil. Aos 39 anos, a atacante esteve presente nas convocações prévias de Arthur Elias, mas não vai para Paris, frustrando as expectativas da jogadora do Flamengo. Depois de ter pedido espaço na Era Pia e levar o debate sobre sua posição dentro da equipe para as redes sociais, Cris foi chamada de volta em 2023, quando Arthur Elias assumiu. Mas a artilheira não completa o ciclo olímpico.

Caso o número de jogadoras fosse superior, Cristiane, certamente, teria um lugar reservado. A justificativa foi novamente apresentada pelo treinador após a convocação.

"A Cris foi bem nos jogos que teve oportunidade na seleção. Precisamos olhar pelo lado positivo de ver a Cris bem no seu clube, sendo artilheira do Campeonato Brasileiro mais uma vez, tendo oportunidade de estar na seleção brasileira com o nosso grupo. Porque esse é o grupo que vai para as Olimpíadas, mas elas representam o trabalho de todas as jogadoras. O fato de a Cristiane, com 39 anos, estar jogando no alto nível e estar nessa briga com grandes jogadoras até o final mostra sua grandeza", comentou Arthur Elias.

Debinha, apesar de ser atacante importante na Era Pia, sofreu uma lesão muscular na coxa, ficando de fora da She Believes Cup. Desde então, a camisa 9 foi perdendo espaço - de forma gradativa - na seleção, até chegar no momento da lista final, quando não foi relacionada.

Kerolin, uma aposta

Contrapondo este subtítulo, Kerolin é um nome carimbado na seleção brasileira e pelos seus feitos, está longe de ser uma desconhecida neste time. A jogadora do North Carolina Courage foi eleita, em 2023, “most valuable player” (jogadora mais valiosa) da NWSL, a Liga Americana de Futebol Feminino. No entanto, neste momento, a jogadora está sem jogar desde outubro do ano passado, quando sofreu uma ruptura no ligamento cruzado anterior (LCA) do joelho direito. O que a faz ser, no final das contas, uma aposta para os jogos de Paris. Para ter certeza do que estava fazendo, Artur Elias chegou a visitar a atleta para avalia-la nos treinamentos.

"Ela já está treinando normalmente com o grupo, fazendo tudo o que as outras atletas estão fazendo. Nessas condições, está liberada para fazer toda a carga de treinos junto da seleção”, detalhou Arthur Elias.

Rumo à França

A seleção brasileira feminina começa sua preparação a partir desta quarta-feira (04), na Granja Comary, em Teresópolis, e além das 18 convocadas, Arthur Elias chamou outras jogadoras para ajudar a equipe durante os treinamentos: goleira Natasha (Palmeiras), defensoras Mariza (Corinthians) e Vitória Calhau (Cruzeiro), meias Laís Estevam (Palmeiras) e Letícia Monteiro (Internacional) e a Amanda Gutierres (Palmeiras). Depois, o Brasil vai até Bordeaux, local da estreia brasileira contra a Nigéria e que também servirá de base para a delegação brasileira durante as Olimpíadas. A viagem da delegação brasileira está marcada para o dia 17 de julho.

O Brasil estreia diante da Nigéria, em 25 de julho, no Estádio Matmut Atlantique, em Bordeaux. O segundo jogo será em 28 de julho, no Parc des Princes, em Paris, contra o Japão. Por último, a seleção brasileira encara a Espanha, atual campeã mundial, em 31 de julho, novamente em Bordeaux.

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