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·5 Juli 2024

Com perfil de zagueiro que o Galo não tinha, Lyanco pode ser a peça certa para a defesa de Milito

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Por Hugo Fralodeo 5 jul 2024 19:13

Deixando as planilhas do Excel de lado, o departamento de futebol do Atlético agiu como um departamento de futebol e entregou a Milito uma peça extremamente necessária para seu modelo de jogo, mas que ele não tinha: um gorila. Não, Lyanco não vai sair batendo no peito tal qual o símio que deu-lhe o apelido – até porque eles são pacíficos e só rodam a baiana se ameaçados -, mas o novo zagueiro do Galo veio para botar medo em quem ousar atacar seu time.


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Só de bater o olho no cara, não tem muito como fugir do estereótipo e classificar o camisa 2 como um “zagueiro, zagueiro”. O bacana é um armário. Alto, forte, imponente e com cara de que não é muito bom testar sua fé. Olhando para o campo, conclui-se que é por aí mesmo, o sérvio-brasileiro não costuma aliviar e joga duro, não gosta de perder viagem. Mas não é só isso, o grande diferencial de Lyanco para os demais defensores disponíveis no atual elenco do Alvinegro é a união de dois perfis de zagueiro em um só.

Se trata de um defensor ágil, com capacidade de rápida reação. Quase sempre muito bem posicionado, ele vai apostar corrida com os atacantes, vai se jogar na bola, tentar bloquear chutes, dar carrinhos, além, claro, de qualificar o jogo pelo alto nas duas áreas. Ele também é capaz de arrancar com a redonda de trás para romper linhas e não faz feio na hora de passar ou lançar, mas também não terá cerimônia se for preciso isolar a menina.

Veja bem, Saravia, que tem atuado pela direita na linha de três – a posição onde Lyanco jogou a maioria de sua carreira -, tem certa velocidade, certa qualidade no passe, mas não tem o físico e o instinto primitivo de defender a todo custo. Battaglia, Rabello, Fuchs e Lemos, bons passadores e com grande senso de posicionamento, não têm lá tanta velocidade, ainda que os dois últimos tenham mais qualidade com a bola no pé. Fuchs, inclusive, é um bom condutor, mas depende mais do campo aberto que Lyanco. Rômulo, que, teoricamente, concorre pela esquerda, ainda peca em vários desses quesitos. E Alonso é conversa para depois.

Com isso, estou dizendo que Lyanco é melhor zagueiro que todos os outros que Milito tem hoje à disposição? Não. Quer dizer que ele não tem seus defeitos? Também não. Significa que ele assumirá a titularidade absoluta e terá sua cadeira cativa entre os 11? Muito menos. O que quero te mostrar é que, no futebol de hoje, um time precisa de opções, mas, principalmente, é obrigado a ter as peças que melhor encaixem no que ele quer fazer.

Venho falando, o time do Mariscal tem sofrido, principalmente por não contar com seus homens que correm para trás e sustentam a equipe, viabilizando sua funcionalidade. O Atlético tem sido sistematicamente castigado pela falta de quem interrompa os ataques adversários, de quem persiga os atacantes até o final da jogada e de quem literalmente corra como um louco. É o que Lyanco pode entregar.

Para não dizer que só falei das flores, Lyanco nos deu uma amostragem pequena. São apenas 159 jogos disputados a nível profissional em nove anos de carreira. Como se ele entrasse em campo apenas 17 vezes e meia por temporada. A maioria como titular, é verdade, com 73,3 minutos de média por partida. Mas ainda é muito pouco. Antes que tente se levantar o famigerado “histórico de lesões”, garanto que não se trata disso. Ele perdeu 75 jogos de 234 possíveis, uma taxa de 68% de participação. Teve uma grave lesão nos tempos de Torino, lá em 17/18, mas sua pouca rodagem é explicada por ele ter passado a maior parte da carteira em times que não disputam competições internacionais e são eliminados nas primeiras fases das copas nacionais.

Não dá para atestar que vai dar certo, muito menos que dará errado. Nos tempos de hoje, sobretudo pelos valores praticados no mercado da bola, quase toda contratação pode ser considerada uma aposta. São inúmeros fatores que determinam a segurança ao empregar suas fichas. Por outro lado, o acesso a todos esses dados nos permite tentar prever. Enxergando o que o Galo precisa, Lyanco parece ser uma boa opção e pode tornar-se a peça correta.

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