Coluna do Fla
·17 Desember 2024
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O Flamengo não vence o Brasileirão há quatro anos. A última conquista foi na edição de 2020, quando o Rubro-Negro era comandado por Rogério Ceni. No entanto, por muito pouco o ex-goleiro não saiu antes do fim da competição. De acordo com o vice-presidente de futebol do clube, Marcos Braz, o atual treinador do Bahia pediu demissão em duas oportunidades.
— Rogério Ceni me pediu duas vezes para ser demitido antes de ser campeão brasileiro. Duas vezes no vestiário. Flamengo não tinha sido campeão de nada com ele, a gente estava no Brasileirão, que se estendeu para o outro ano (2021) — disse Marcos Braz, no podcast ‘Benja me Mucho’, do comunicador Benjamin Back.
— Tivemos jogos contra Ceará e Fluminense, não me recordo, a gente perde o jogo, na sala ele diz ‘Marcos, não estão entendendo o que quero falar, acho que estou atrapalhando e quero sair’. Eu falei ‘você não vai sair, nosso último jogo é contra o São Paulo no Morumbi, vamos ser campeões dentro do Morumbi, onde você foi campeão a vida toda’‘ — acrescentou Braz.
Nas rodadas 28 e 29 do Brasileirão de 2020, o Flamengo sofreu duas derrotas seguidas no Maracanã, para Fluminense e Ceará. Com a sequência, o time seguia longe do então líder São Paulo, ocupando a quarta colocação. Desse modo, Rogério Ceni sofreu muita pressão da imprensa e dos jornalistas, mas Braz manteve o treinador no cargo.
Posteriormente, a profecia de Marcos Braz se concretizou. Na penúltima rodada, o Internacional visitou o Flamengo e estava a uma vitória do título com um duelo de antecedência. Os gaúchos até saíram na frente, com Edenílson, e colocaram uma mão na taça. Mas Arrascaeta e Gabigol viraram o jogo e deixaram o Fla na boa.
Assim sendo, para a última rodada, o Flamengo chegou com dois pontos de vantagem para o Internacional. Os gaúchos vacilaram em casa e só empataram com o Corinthians. Já o Mengão levantou a taça, mesmo com a derrota para o São Paulo, no Morumbi.
O treinador Rogério Ceni acabou demitido posteriormente, após ganhar a Supercopa e o Carioca em 2021. Se por um lado Braz fez de tudo para segurar o ex-goleiro no cargo, por outro, a gestão Rodolfo Landim contou com 11 comandantes em seis anos: Abel Braga, Jorge Jesus, Doménec Torrent, Rogério Ceni, Renato Gaúcho, Paulo Sousa, Dorival Júnior, Vítor Pereira, Jorge Sampaoli, Tite e Filipe Luís.