Jogada10
·23 Juli 2025
Betinho Marques: Palavra de presidente não se dilui; é decreto de lei, é cumpra-se

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·23 Juli 2025
Tempos estranhos. Tempos de palavras ao vento, de jogo de palavras, de norte no sul e de poente no nascente. Oxente. Não quero explicar — nem será necessário. Quem é atleticano sabe e sempre soube: palavra de presidente é decreto de lei, é cumpra-se. Mas este tempo anda cheio de redemoinhos.
Ser presidente do Clube Atlético Mineiro é pesado. É ocupar a cadeira mais imponente do estado de Minas Gerais. E, se o mandatário se pronunciar, tudo tem que parar. Presidente do Atlético não “bate biela”; se deve respeito ao presidente do Atlético, mesmo quando não se concorda. Mas presidente do Atlético não pode ser usado em jogo de palavras nem ter sua voz esvaziada.
Pela segunda vez, em pouco tempo, Sérgio Coelho sofre com o que foi gravado e pronunciado. Sabedor de suas nobres intenções em favor dos menos assistidos — e, relembrando, ocupando o cargo mais relevante de uma instituição centenária em Minas — sua palavra não podia ser lançada ao vento. Jamais poderia cair em descrédito.
Mudar de opinião para algo melhor é ser flexível, ajustável, maleável — deveria, portanto, ser um mérito. Mas por que não “tá pegando legal”? Porque os “decretos” anteriores foram muito contundentes, com argumentos categóricos e plenos de certeza. E é justamente isso que não existe neste momento: a certeza. Se não há certeza, não pode haver palavras definitivas como: “vamos ficar aqui” ou “não vai diluir de lá”. Se a torcida não puder crer no presidente, algo está fora do lugar.
Mesmo que digam: “mas você sabe que quem manda é o Rafael Menin”, isso não tira — ou não deveria tirar — a relevância do cargo protetor da associação originária, que tem 117 anos. Um cargo que está ali para, com amizades ou desafetos, defender o Clube Atlético Mineiro acima de tudo e de todos.
A honra vale crédito. A palavra vale prestígio. Se a gestão atual do Galo não entender que deve se preservar o presidente Sérgio Coelho por causa do cargo que ocupa.
Fortalecer o presidente do Atlético é torná-lo forte, pujante, altaneiro — como um Galo de briga que defende a Sede de Lourdes e protege a instituição contra o mundo. Ser presidente do Atlético nunca foi missão passiva. Muito pelo contrário: a cadeira é alta para que o Galo cante, que todos ouçam — e CUMPRA-SE o seu canto.
Presidente do Atlético sem brilho e sem função é o mesmo que um Galo sem crista, honra e espora. Quando o presidente do Atlético se pronuncia, é sinal de: — pare o que está fazendo e venha me escutar. Liderar é conhecer os ritos e dar importância com ações e exemplos. Palavra de presidente não se dilui — é decreto de lei, é cumpra-se.